Um ano já lá vai,
dirão: vou ter muitas, muitas, algumas, poucas, nenhumas saudades.
Há um ano, pensávamos
e dizíamos a mesma coisa, mas o tempo passa e a rotina da vida vai colocando as
coisas nos seus devidos lugares.
Vai restando a nossa própria
capacidade para nos surpreendermos e darmos a volta
à vida e assim fintar o destino.
Já não faço o
balanço, ou melhor não inventario o deve e o haver tradicional, vou directamente
para o saldo que, na minha, eterna ignorância, vai sempre para o lado positivo.
Ficam os anos e a sua
inexorável acumulação, bem como a sabedoria do conforto e da sábia ignorância que
nos vai permitindo suportar e encontrar a alegria de viver.