sábado, 30 de junho de 2012

Tudo isto dá (muito) que pensar (3)


Tudo isto dá (muito) que pensar (3)

Desta vez foram os apupos (recentes) ao Presidente da Republica Cavaco Silva em Guimarães e Castro Daire.
A austeridade sucessiva e o cansaço manifesto de serem (invariavelmente os mesmos) a suportarem os custos da crise começou a ter resultados sociais .
Preocupante, nas circunstâncias, terá sido a escolha da personalidade, nem mais nem menos, do que o PR. Como muito bem escreveu Vasco Pulido Valente no jornal “Publico” de ontem (29/06/2012) e passo a citar: “… O que as cenas de Guimarães e Castro Daire demonstram, para lá de qualquer dúvida, é que o Presidente deixou de ser visto como um árbitro da cena política portuguesa e passou a ser visto como um cúmplice. Quer queira, quer não queira, Cavaco perdeu a autoridade, tradicionalmente associada a Belém...".
Razão tinha Mário Soares quando alertou – nas últimas eleições presidenciais - para a necessidade de o país ter um presidente com um perfil diferente e mais adequado às circunstâncias difíceis.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Museu Reina Sofia - Madrid


Em 2 de outubro (próximo) arranca a nova temporada de exposições. Dalí, entre outros, será um dos protagonistas da temporada 2012 - 2013. 
(Ver também Encuentros con los años 30)

domingo, 24 de junho de 2012

Uma piada ( aos velhos preconceitos)

Recentemente Plácido Domingo esteve em Lisboa e deu uma entrevista ao jornal Público (17/06/2012), a dada altura e acerca de ser jovem, disse Plácido e permito-me citá-lo ... " quando era jovem era jovem, mas agora sou mais jovem porque tenho juventude acumulada. Há que afirmá-lo ser optimista"...
Palavras produto de uma vida vivida com muita emoção, paixão e também, certamente, com imensa humildade e razão. Aqui deixo um testemunho do seu enorme talento artístico.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Investimento / estabilização dos mercados


Os quatro grandes da zona euro  - Alemanha, França, Itália e Espanha -  concordaram com a proposta francesa de aplicar 1% do PIB em investimento económico.
Entretanto os respectivos lideres reuniram-se em Roma para debater medidas com vista a estabilizar os mercados  financeiros.
Resta-nos esperar/adivinhar o que poderá Portugal vir a beneficiar com esta nova realidade.

domingo, 17 de junho de 2012

Erro estratégico


(Quanto mais se desregulam e flexibilizam as relações de trabalho, mais rapidamente passamos de uma sociedade de trabalho a outra de riscos incalculáveis)

Estrategicamente - tempos de crise com níveis de desemprego elevados - as politicas neoliberais apostam na desregulação das relações de trabalho e privilegiam  os méritos das forças de mercado. Assim, julgam, potenciam acréscimos de  investimento e concomitantemente criam mais postos de trabalho. Puro engano, esta estratégia pode funcionar em países em vias desenvolvimento mas tem  pouca eficácia em países desenvolvidos – nestes, ao invés provoca mais desemprego e penaliza a curto prazo o estado social.  

sábado, 16 de junho de 2012

Um exemplo de resistência

Aung San Suu Kyi líder da oposição da Birmânia fez, 21 anos depois, o discurso de aceitação do Prémio Nobel da Paz que então lhe foi atribuído pela Academia Sueca. Depois de quinze anos de prisão domiciliaria e depois de uma abertura democrática a activista assistiu a uma cerimónia em Oslo. Assim e nas circunstâncias teve oportunidade de desejar a paz para o seu país e para o mundo sem qualquer medo de represálias futuras.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Elena en La Playa

Trata-se de uma das obras emblemáticas do pintor valenciano - que justamente, aqui, retrata/pinta uma das suas meninas.

terça-feira, 12 de junho de 2012

A orquestra resistente


Era impensável que acontecesse. Há 100 anos ninguém podia imaginar que o paquete mais veloz e resistente do mundo naufragaria. No meio do caos resistiu e notabilizou-se pela sua coragem e estoicismo a célebre orquestra Titanic. Até ao fim cumpriu com a sua missão.

domingo, 10 de junho de 2012

A propósito do 10 de Junho

António Costa disse ontem, no âmbito das comemorações do Dia de Portugal – este ano celebrado em Lisboa – que e passo a citar … “precisamos de novas Índias mas desta vez cá dentro …”.
AC, que globalmente falou de forma otimista e confiante – contrariando assim o discurso oficializado - tocou, com a expressão acima citada no essencial e escolheu efetivamente o dia e o local apropriados para o dizer.
Ao fazê-lo, no momento delicadíssimo em que vivemos, levantou AC uma outra questão, também ela essencial, a qual tem a ver com a qualidade dos políticos e das políticas mais apropriadas às circunstâncias.
De facto é importante e urgente encontrar, no quadro politico e institucional em que vivemos, outras politicas e concomitantemente outras soluções que permitam inverter um percurso descendente e miserabilista em que nos  nos deixámos envolver. 

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Resgate da banca espanhola


O FMI calcula que a necessidade (curto prazo) de ajuda financeira da banca espanhola seja de 40.000 milhões de euros.
Contudo, o governo espanhol encomeudou uma auditoria ao sistema financeiro espanhol com o objectivo de avaliar com exactidão o valor em causa.
Perspectiva-se que o valor que venha a ser apurado seja bastante  superior ao  agora indicado pelo FMI - organismo dirigido por Lagarde (foto).

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Dez razões para acreditar no projecto europeu



Dominique Moisi – fundador do Instituto Francês para as Relações Internacionais – publicou hoje um texto de opinião no “El País” em que apresenta dez razões, suficientemente, apelativas/motivadoras para acreditarmos no projecto europeu. Pela sua importância e actualidade vamos descrevê-las. Antes porém e citando o autor é importante termos em linha de conta o estado de espírito em que mergulhou grande parte da opinião pública europeia. Esse estado de espírito é caracterizado pela descrença e pela negatividade – muitos na actualidade não acreditam que o euro consiga sobreviver por muito mais tempo.

1ª razão - o regresso dos bons governantes. Com Mário Monti e François Hollande parece ter chegado a arte de bem governar. A era das reformas e do crescimento económico;

2ª razão – junto às artes de bem governar dos estadistas chegará o progresso no âmbito da gestão pública;

3ª razão – o multi culturalismo e a sua afirmação será uma fortaleza e não uma debilidade;

4ª razão – a criatividade europeia num espaço diverso. A diversidade europeia será, seguramente, uma fonte de atracção – diversidade no turismo, na indústria, na ciência e na investigação tecnológica;

5ª razão – o retorno ao sentimento nacionalista, no contexto actual, pode levar os europeus a ser mais exigentes e competentes;

6ª razão – o facto de a democracia representativa estar devidamente implementada na Europa – a alternância politica é um dom de importância inestimável;

7ª razão – a universalidade das suas línguas. Com isso é indiscutível que as mensagens chegam mais rápido ao resto do mundo e vice-versa;

8ª razão – a capacidade de fundir culturas – a UE também pode e deve ser isso;

9ª razão – a expansão da UE – a entrada de novos membros;

10ª razão – a capacidade que a UE tem demonstrado (historicamente) em crescer e integrar-se com as crises.

Quem será o próximo?

Ao que parece a sra. Merkel acha que Espanha deve pedir ajuda financeira à UE. É o fim do tabu. O resgate financeiro de um dos grandes da zona euro aí está. Agora é a vez de Espanha se juntar à Grécia, Irlanda e Portugal. Era cada vez mais difícil encontrar um funcionário ou um responsável politico em Bruxelas que, debaixo do anonimato, não vaticinasse o pedido de resgate como inevitável.
A saga vai continuar e a nós resta-nos, pois, esperar pelo próximo, quem será?...

sexta-feira, 1 de junho de 2012

A hora da verdade

As situações da (possível)  saída da Grécia do euro e a necessidade de financiamento urgente da banca espanhola preocupam e mobilizam a UE e não só.