quarta-feira, 30 de junho de 2010

CR7 / CR9

Esta foto simboliza - resignação, impotência - aquilo que na verdade se passou com a selecção nacional no seu último jogo (oitavos-de-final - Espanha 1 - Portugal 0) no mundial de futebol, África do Sul, ano 2010.
Simboliza também a impotência de um atleta no momento em que se avizinhava a derrota e o regresso, sem glória, ao seu país de origem.
O futebol é cada vez mais um jogo colectivo, o qual se suporta no principio "de que o todo é sempre superior á soma das partes ".
Nesta perspectiva o 7 da selecção foi, neste campeonato do mundo, um simulacro do CR7/CR9.

Rainha escondida


terça-feira, 29 de junho de 2010

Um beijo apaixonado

Dois jovens beijam-se apaixonadamente durante um confronto com a Policia em Toronto.
Por detrás decorria o encontro do G20.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

domingo, 13 de junho de 2010

Caminhar

Obra de Julian Opie, em exposição em Valência/Espanha até ao próximo dia 18 de Junho no IVAM – Instituto Valenciano de Arte Moderno (www.ivan.es).
O tema, aqui assinalado, tem a ver com o caminhar, relativamente ao qual Julian escreve o seguinte:
“Las personas están en constante movimiento hasta que mueren y quizá la mayor parte de las personas que vemos están caminando. Es una forma de conocer a alguien y puede ser un conocimiento íntimo".

sábado, 12 de junho de 2010

Mundial de Futebol África do Sul - 2010

Futebol é, essencialmente, movimento,
colectivo e coordenado.
Futebol é também pessoas,
fundamentalmente, os adeptos.
Futebol é emoção.
Futebol é cor.
O Mundial de 2010 na África do Sul deu o seu pontapé de saída. A multiplicidade das cores envolvidas está a ser ,neste seu inicio, a sua imagem determinante.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Espera por um trabalho temporário


Milhares de mulheres candidatas esperam pela sua vez para serem entrevistadas.
O objectivo é serem seleccionadas para ocuparem um posto de trabalho na apanha do morango.
O trabalho é sazonal, mas a espera é longa, na maioria dos casos precedida de longas caminhadas.
Tudo isto acontece, aqui perto, em Huelva (Espanha), as candidatas são mulheres marroquinas (Agadir).
Os empresários espanhóis, normalmente, escolhem as mais resistentes, i/é, aquelas que mais aguentaram o esforço das longas caminhadas .
Esta situação remete-nos para a questão - cada vez mais actualizada - da importância das leis laborais que, muito bem, devem defender os direitos fundamentais dos trabalhadores.

domingo, 6 de junho de 2010

Mentalidade rectangular

A emoção que rodeou a chegada da selecção portuguesa de futebol à África do Sul, evidenciou sentimentos da comunidade portuguesa ali residente que deveriam, pelo menos encher-nos, a todos nós, de alegria e orgulho.

Por outro lado, alguns de nós deveriamos também ter vergonha pela maneira como temos tratado a selecção e em especial a comunidade portuguesa que vive e trabalha na África do Sul, a qual tem sido, ao longo dos tempos, simplesmente ignorada.

A forma como esta recebeu a selecção foi uma bofetada de “luva branca” dada aos falsos patriotismos.

O que se passou hoje de manhã na chegada da selecção deveria, obrigatoriamente, levar-nos a reflectir .

Resumidamente, a reflexão deverá centrar-se na ideia de que parece existir dois tipos de portugueses, os que estão confinados mentalmente ao rectangulozinho (orgulhosamente sós) e os que estão, simplesmente, fora dessa mentalidade rectangular.

sábado, 5 de junho de 2010

O fim dos cigarros

Com o sucesso conhecido do combate militante ao fumo, sobretudo, nos ambientes fechados,
os cigarros tem vindo a ser menos consumidos.
Apenas uma minoria de resistentes continuam, também, militantemente a resistir.
Os cigarros tem os dias contados, esperemos que as tabaqueiras espalhadas por esse mundo fora também.
Antes porém, será importante, recomenda-se, que sejam feitas as contas finais (balanço final).
Não basta fechar, os ex- fumadores,
activos e passivos, devem ficar na expectativa.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Bom senso e muito cuidado

Por hipótese (imagine-se) uma família que começou por comprar uma casa e a respectiva mobília e electrodomésticos, mais tarde um automóvel, tudo isto a crédito.
Para fazer face aos encargos (amortização e juros) e demais despesas do agregado (água, luz, vestuário, seguros, alimentação, etc.) o rendimento familiar tem sido suficiente e, com algumas dificuldades, ainda tem permitido o gozo de umas curtas férias.
Ela trabalha numa escola secundária, onde é professora, ele é um técnico especializado numa empresa têxtil.
Tudo junto, por vezes com algumas horas extraordinárias, por mês (líquidos), conseguem reunir para fazer face às despesas cerca de 2000 €.
Ainda não tem filhos, pensam mais tarde de forma responsável e sustentada vir a tê-los.
Pertencem, com orgulho, a uma classe média, a qual, por sua vez, se encontra inserida legitimamente num espaço sociológico, económico, cultural e politico democrático.
Em suma são cidadãos europeus e costumam pensar e dizer que os seus direitos de cidadania assentam em princípios organizacionais e políticos, onde a igualdade, solidariedade e justiça social se encontram consignados na carta fundamental dos direitos humanos.
Aprenderam, porque foram educados e instruídos para isso, a viver num estado social e por isso entendem a sua importância e essencialidade.
Para eles e para a maioria dos cidadãos com quem convivem diariamente, o estado social é o alicerce fundamental, o garante, essencial, ao funcionamento regular do estado de direito democrático.
Esse estado social foi uma conquista árdua e muito difícil dos europeus. Não aconteceu por acaso e resultou da inteligência dos homens posta ao serviço do desenvolvimento das sociedades.
A Europa criou e desenvolveu o estado social de forma natural e inclusa às suas necessidades de crescimento enquanto sociedade progressiva e equilibrada.
E aqui a expressão progressiva e equilibrada é fundamental para se entender a justiça social, a distribuição equilibrada da riqueza, os direitos fundamentais da cidadania e os fundamentos essenciais do estado democrático de direito (separação de poderes).
Tudo isto para funcionar exige muitos recursos, muitas competências, em suma custa muito dinheiro.
Por isso os produtos, os serviços tem um custo elevado.
Por isso os ordenados tem que ser compatíveis.
Ao abrirmos, nós europeus, as fronteiras à livre circulação de pessoas e bens e ao respeitarmos as orientações de abertura dos mercados internacionais de mercadorias fizemos o que tínhamos que fazer, apostámos mais uma vez no desenvolvimento e com isso esperávamos que os outros progredissem. Apostámos de forma, descomplexa, na globalização e acreditámos que os outros viessem a acreditar o mesmo que nós, i/é, no estado social e no estado de direito democrático.
Fomos solidários e porventura generosos demais, não fizemos o trabalho de casa necessário e agora estamos em dificuldade.
Para complicar as coisas, alguns desesperados salvadores e como sempre fatalistas, querem fazer-nos acreditar que o custo com a manutenção do estado social é a razão fundamental da crise que estamos a viver. Para a enfrentar (dizem) temos que diminuir o custo com a manutenção do estado social.
Puro engano, para a enfrentar e atacar temos, urgentemente, que nos entender politicamente e assim encontrarmos as formas colectivas de protecção desse mesmo estado social.
Vai dar muito trabalho, mas já nos desenvolvemos o suficiente, para compreendermos que a solução do problema está nas nossas mãos e na nossa competência para defendermos os legítimos direitos do casal que referimos no inicio.