terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A minha figura do ano

Passou um ano de poder efectivo à frente de um governo e de uma nação que hoje lidera a América Latina. Para muitos um país com larga margem de progresso e possuidor de uma enorme riqueza que permite – sustentadamente – garantir o futuro dos seus quase 190 milhões de habitantes.
Estou a escrever sobre o Brasil e em particular sobre a sua presidenta Dilma Rousseff.

Dilma tem 65 anos, nasceu no estado de Belo Horizonte, economista de formação, possui uma forte experiência política, onde se destacam: a longa militância política no PT (Partido dos Trabalhadores) temperada, nos tempos duros da ditadura, com a prisão e a tortura; com a aliança e a amizade com Lula da Silva o seu antecessor no Palácio do Planalto.

Há um ano, muitos dos analistas, pensavam que esta mulher não aguentaria a pressão do cargo e que seria uma presa fácil nas mãos do poder corrupto instituído e que muito dificilmente daria seguimento às políticas sociais de Lula da Silva. Era considerada apenas uma simples gestora.

Passado um ano todos os vaticínios falharam. Bem pelo contrário Dima prosseguiu as reformas sociais, intensificou-as e sobretudo está a mudar o poder no próprio PT. Demitiu e mudou ministros e políticos corruptos, inclusive gente de Lula. A taxa de popularidade actual é de 71% e com este resultado não restam dúvidas sobre a sua eficácia.

Presentemente luta por uma reforma séria na administração e tem como objectivos: manter os níveis de crescimento económico; elevar os níveis da distribuição da riqueza e com isso estabilizar a classe média e torná-la assim no pilar económico e fiscal do país.
Mais tarde certamente seguirão as outras políticas de fundo, designadamente no âmbito da saúde e da educação.

Normalmente, esta mulher de hábitos trabalhadores, chega ao seu gabinete de trabalho às 9:00 e sai às 22:00. Quando pode visita, aos fins-de-semana, a sua única filha e neto. Por vezes coincide com o pai da sua filha, segundo marido, e o grande amor da sua vida, e que um dia pôs na rua quando descobriu que este estava esperando um outro filho de outra mulher, contudo passados alguns anos voltou a ter uma boa amizade.

Esta mulher é, conjuntamente com a Sra. Merkel, a dirigente política mais importante do mundo e tem outras particularidades: pensa e fala em português e gosta de Portugal.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Ainda o pagamento da dívida soberana

Sobre as “polémicas” declarações de José Sócrates em Paris já aqui manifestei que o dirigente socialista tinha toda a razão naquilo que disse. Ontem (sábado / 17-12) Miguel Sousa Tavares escreveu exactamente o mesmo no jornal o “Expresso”, disse ele: “a frase limitava-se a constatar uma evidência; que nem Portugal nem qualquer outro país pode ser confrontado com a demonstração de que seria capaz de pagar de imediato toda a sua dívida externa; tem apenas de a gerir, mantendo-a sob controlo. Para quem não saiba, Portugal acabou de pagar, há um par de anos, dívidas que vinham do tempo da implantação da Republica e o mesmo fez a Alemanha”. MST diz ainda que a reacção às palavras de Sócrates, designadamente as proferidas por alguns políticos e comentadores tem a ver e passo uma vez mais a citar: "o país, civil e político, procura afanosamente um bode expiatório para os males que o atingiram e José Sócrates é o alvo talhado à medida”.
No caso em apreço, políticos, comentadores, jornalistas e público em geral deveriam fazer um esforço e meditar um pouco sobre este assunto e assim encontrarem as verdadeiras soluções para ultrapassar a situação em que o país se encontra.

Cesária Évora

Morreu hoje, aos 70 anos, a maior voz da música popular Cabo-Verdiana - Cesária Évora, também conhecida pelos amigos por Cise. Fica também conhecida como a "rainha da morna". Começou a cantar muito nova e tornou-se numa estrela internacional aos 47 anos. Actualmente vivia em Paris, onde tinha fixado residência e recentemente tinha sido condecorada pelo presidente francês Sarkozy com a medalha da Legião de Honra. Deixa SAUDADE e muito SENTIMENTO esta grande senhora.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Figura do ano

Segundo a TIMES "O Indignado" foi eleito a figura do ano de 2011. O manifestante anónimo foi indigitado com a indicação " da Primavera Árabe a Antenas, de Wall Street a Moscovo"

domingo, 11 de dezembro de 2011

A Pirâmide do Louvre

A maravilhosa pirâmide do Louvre, embora integrada no museu, tornou-se num símbolo incontornável da cidade de Paris. Com vista a poupar o consumo de energia, foram recentemente substituídas 4.500 lâmpadas de xénon por 3.200 do tipo "led". Esta substituição vai permitir reduzir consumos em 73%. Modernização - Inovação - Novas Tecnologias, são atributos/qualidades sempre associadas às artes. (para mais pormenor clicar em cima)

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O pagamento das dívidas soberanas

José Sócrates proferiu alguns comentários acerca do pagamento das dívidas soberanas pelos estados devedores. O entendimento indígena foi o de que o homem teria dito que as dívidas não eram para ser pagas. Alguns comentadores e políticos apareceram a dizer que Sócrates era irresponsável e que a posição do antigo primeiro-ministro no fundo “só demonstrava a sua fragilidade política e consequentemente justificava – tal posição - os resultados negativos atingidos pela sua governação”.
Convém dizer que Sócrates tem toda a razão no que disse.
As dívidas, nos estados modernos, tem que ser sempre (obrigatoriamente) pagas – e dizer ou fazer crer o contrário só acontece em países com governações irresponsáveis – mas tem de o ser de maneira consensualmente gerida e planeada pelos devedores e credores. Sócrates disse apenas isso e disse muito bem.
Agora os “atentos” críticos levantaram, embora não fosse essa a sua intenção, uma velha questão, que no fundo é a confusão entre dívida económica e contabilística e gestão financeira da mesma. Mas esta é uma velha questão para ser discutida mais tarde com calma e menos espuma...
Conclusão: Embora em Paris a estudar filosofia, Sócrates continua atento...no presente e muito bem, quanto às questões económicas e financeiras inerentes ao pagamento das dívidas soberanas.

Acidentes de tráfego e poluição matam (muito)

Cerca de 2,6 milhões de pessoas morrem anualmente em acidentes de tráfego ou então por respirarem o ar, fortemente, contaminado das cidades. Grande parte dessa contaminação é gerada pelo transporte. Melhorar esta situação passa por deixar o automóvel em casa e deslocarmos em transporte público, ou então optar por outros transportes não poluentes, por exemplo a bicicleta. Este último meio de transporte, combinado com o exercício físico pode ainda evitar outra causa de morte que vitima também anualmente 3,2 milhões de pessoas – mortes associadas a vidas fortemente sedentárias.
Estes dados constam do último relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre os benefícios sanitários da luta contra a mudança, abrupta, do clima – 23% das emissões directas de CO2 na atmosfera são provenientes dos meios de transporte motorizados que produzem uma maior percentagem de dióxido de carbono.
Associado a estes dados (aterrorizadores) estão os fortes custos suportados com a saúde, resultantes dos tratamentos provenientes das mais diversas complicações sanitárias das populações afectadas.
Reduzir os gastos com a saúde não pode passar, unicamente, por cortar com as despesas de saúde, passa também e fundamentalmente, por introduzir outras medidas correctoras, designadamente por novas alternativas de transporte – por exemplo por meios de locomoção mais amigos do ambiente e por outras práticas de vida mais saudáveis e sociabilizadas.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Solidariedade

Por muito que esta palavra ande na boca de toda a gente, a verdade é que no Conselho Europeu a solidariedade é uma treta. (Rui Tavares no Público de 7/12)

sábado, 3 de dezembro de 2011

Gaivotas eufóricas

Milhares de gaivotas sobrevoam aqui o lago Dianchi na província chinesa de Kunming. Por detrás deste acontecimento existe uma história. Ao que parece todos os anos estas aves deslocam-se das terras gélidas da Sibéria à procura de condições climatéricas mais temperadas. Este ano foi o que aconteceu tendo, nas circunstâncias, valido uma mão que sempre foi ajudando a combater a fome a algumas (sortudas) das gaivotas.