Nos próximos 30 anos vão
graduar-se mais jovens do que aqueles que se graduaram na história da
humanidade. Há trinta anos ter um título académico era condição para se ter um
emprego; hoje estamos muito longe dessa realidade, o grosso da coluna dos
desempregados de longa duração é preenchido por cidadãos com um título
universitário. Dura realidade que temos que entender para depois, consoante as
capacidades, corrigir aplicando medidas adequadas.
Vamos
então aos dados actuais:
- Entre 30% e 40% dos jovens
europeus encontram-se na situação de desempregados (seis milhões);
- Em 2020 prevê-se que hajam
1.300 milhões de jovens entre 15 e 30 anos, contudo o mercado de trabalho
apenas assegurará emprego a 300 milhões.
Alternativas:
- Transformar as coisas, mudar a
mentalidade das pessoas, instituições públicas e empresas. A universidade
assumirá aqui um papel determinante. A sua missão deverá ser a de
consciencializar os estudantes de que não haverá facilidades em conseguir um
posto de trabalho e que a alternativa é a de os próprios criarem o seu posto de
trabalho, para isso terão que ser mais criativos e inventivos. Para isso será
também necessário apostar bastante nos programas e conteúdos multidisciplinares
que permitam ter amplitudes de empregabilidade mais vastas. A universidade terá
que aproximar mais os seus conteúdos às necessidades reais do século XXI;
- Por outro lado e do ponto de
vista estratégico, haverá necessidade de apostar na qualidade dos profissionais
do ensino, por eles passarão grande parte das variáveis do sucesso. Quanto
maior for o seu potencial mais rentabilizado será o seu desempenho;
- Finalmente evocar o papel das
instituições e lembrar que, porventura, o papel mais importante destas em
períodos de crise ( situação que vivemos actualmente) não será desinvestir nas
instituições de ensino, ou mesmo, em alternativa, privatizando-as, mas sim apostar fortemente no
financiamento público e no concomitante empenhamento dos governos e comunidades
educativas.