sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

EUA podem dizer que não

Texto/09/49
Carcavelos, 26 Fevereiro 2009


Neste ambiente de crise globalizada em que os EUA tem vindo a enfraquecer a posição hegemónica que detinham na condução das principais politicas mundiais, alguns países carenciados tem feito diligências junto dos governos da Rússia, China, Brasil e Índia para a obtenção de ajudas financeiras. O estratagema tem sido anunciar o fecho de bases aéreas dos EUA e da Nato e com isso aliciar os potenciais financiadores. Ao que parece Islândia, Paquistão e Curdistão ficaram, na mesma, de mãos vazias pois o estratagema não resultou.

A crise global afectou sem dúvida a grande potência Estados Unidos, mas ao que parece aos putativos sucessores não lhes interessa digerir e dirigir a situação. A um mundo unipolar não está a suceder um multipolar, pelo contrário caiu-se num vazio.

E existe uma explicação, de facto para haver um sistema multipolar tem que haver, também, interesses geopolíticos diferentes que justifiquem as opções próprias e assim a assumpção de politicas individualizadas que façam a diferença. No tempo em que a politica internacional era gerido por duas potências, a Americana e a Soviética, os interesses geopolíticos estavam perfeitamente definidos e individualizados. De um lado o bloco ocidental, do outro o bloco de leste.

As organizações internacionais exprimiam, digeriam e por vezes consensualizavam os interesses afectos aos dois blocos. Por isso a sua importância era enorme.

Com a queda do muro de Berlim e a derrocada do bloco de leste, com a afirmação das economias emergentes e por fim com o desastre da administração Bush, o mundo efectivamente mudou. A crise actual é em grande medida, também, um reflexo de tudo isso.

A cimeira internacional realizada em Washington em Novembro de 2008 colocou a questão. Os países mais ricos do mundo (G-7) recorreram aos países emergentes para que estes ajudassem e colaborassem na resolução crise financeira globalizada. Agora imagine-se as dificuldades de entendimento. Se era, até então, difícil que sete se entendessem imagine-se 20 países.

Chegámos a um vazio global em que cada um olha para o seu próprio umbigo e, pela primeira vez, os EUA a braços com uma crise profunda interna poderá, quando solicitado, dizer não.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Educação e apoios à infância

A CE recentemente apresentou mais um estudo sobre educação e apoios á infância. O universo de análise abrangeu 30 países, e mais especificamente a maneira como os diferentes países abordam e organizam o pré-escolar e o apoio á infância.
O estudo foi realizado pela EUREDICE – Rede de Informação sobre Educação na Europa, e a principal conclusão a que chegou foi a de que 87% das crianças de 4 anos de idade frequentaram um estabelecimento de educação. Concluiu também que existem 2 modelos organizacionais nos países observados: (i) estrutura única – para todas as crianças em idade pré-escolar as quais são acompanhadas por profissionais qualificados e competentes e devidamente remunerados – em funcionamento nos países do Norte da Europa; (ii) estruturas separadas – consoante as idades e profissionais com qualificações e remunerações diferenciadas - em funcionamento na maior parte dos países.
Outra conclusão importante tem a ver com o facto de uma em cada seis famílias europeias com uma criança com menos de 6 anos vive no limiar da pobreza.
A mesma organização sugere que a Europa deve ter como objectivo para 2020 que 90% das crianças com 4 anos frequentem o ensino pré-primário e que por outro lado se caminhe também no sentido de se encontrar um modelo único para todos. O modelo desejado deve garantir padrões de alta qualidade e financiamento adequado.


Praga nos anos 50

Um ambiente gelado e melancólico junto ao rio Moldava numa cidade apaixonada e romântica. Estávamos então no início de uma ditadura comunista.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Forte revés cientifico

A NASA falhou a tentativa de pôr em órbita um satélite que tinha como missão medir a quantidade existente de CO2 na atmosfera.

O acidente deu-se pouco tempo depois da descolagem. A nave, por erro técnico, caiu no Oceano Pacífico perto da Antárctida e com ela cerca de dez anos intensos de trabalho científico.

O objectivo era a de pôr em orbita polar, a cerca de 700 km da Terra, o Observatório de Carbono em Orbita (OCO) e através dele realizar os estudos de pormenor relativos à presença na atmosfera do CO2 e em particular a medição de quantidades e respectivas localizações.

Segundo os serviços da NASA o OCO iria proporcionar a obtenção de informação vasta sobre as fontes humanas e naturais do CO2, bem como os lugares (terra firme e mares) em que se concentra. Desta forma a comunidade científica melhoraria significativamente as fontes de informação. Previa-se que o OCO efectuasse ao largo de dois anos, em média, oito milhões de medições quinzenais.

De forma integrada estas medições iriam ser combinadas com outras fontes de informação terrestres e assim permitir responder a um conjunto de interrogações fundamentais na perspectiva cientifica, designadamente a influência do CO2 no clima terrestre.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Gaza após a recente invasão israelita













Durante 23 dias o exército israelita arrasou tudo
o que podia arrasar numa operação que muitos
classificaram de invasão vergonhosa.
Para a população palestiniana foi e continuará
a ser um duro castigo.
Pergunta-se: Terá sido esse o objectivo da
invasão (?).
A opinião pública mundial continua calada,
provavelmente - pergunta-se - à espera que a
administração Obama faça alguma coisa (?).

Sirius

A beleza da estrela Sirius

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

CRISE

Regulamentação - Combustiveis - Marca - Combustiveis - Regulamentação -Marca - Regulamentação - Combustíveis - Marca .
Afinal quem está em CRISE?

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O péssimo dirigismo no futebol

O futebol português necessita de, urgentemente, ser pensado e reformado. Necessita de novas competências, atitudes /comportamentos ao nível dos Clubes, Federação e Liga.
Necessita de mais isenção, independência e transparência.
Numa palavra: necessita de novos dirigentes.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Os principais criminosos do regímen de Pol Pot em tribunal

O Tribunal Internacional auspiciado pelas Nações Unidas (ONU) começou ontem a julgar o primeiro dos cincos acusados pela exterminação de 1,7 milhões de pessoas durante o regímen (1975 – 1979) de Pol Pot (Cambodja)[1]. Este regime ficou ligado a um período de terror em que os seus principais símbolos, os khemer vermelhos, eram os seus protagonistas.

Os khemer vermelhos surgiram nos anos 60 e resultaram de uma facção (militar) do partido comunista. Este partido chega ao poder depois de terminar com a ditadura do general Lon Nol. O seu líder máximo Pol Pot tomou o poder em 1975 e encarregou-se de isolar o Cambodja do mundo ao mesmo tempo que proibiu o dinheiro e a propriedade privada e as práticas religiosas.

A etnia Cham foi a mais perseguida pelo regime de Pol Pot e seus seguidores. Dos seguidores destaca-se Duch de 66 anos – o primeiro a ser julgado – que foi comandante da prisão de Tuol Sleng por onde passaram 15.000 pessoas e onde o lema na fase do interrogatório era, “ nenhuma resposta evita a morte”. Após interrogatórios ferozes ali morreram, entre outros, diplomatas, monges budistas, engenheiros, médicos, professores e estudantes.
Não havia alternativa, das 15.000 pessoas que passaram por aquela prisão apenas sobreviveram 6.
Duch na fase preparatória do julgamento confirmou e assumiu todas as atrocidades que lhe foram imputadas.

Felizmente a invasão Vietnamita de 1979 veio a acabar com o poder khemer.


[1] O Cambodja é na actualidade uma Monarquia Constitucional e tem uma população de 14,2 milhões (2008)

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Um inverno rigoroso


Un ditador ao ritmo do samba

Chaves o actual presidente da Venezuela é na actualidade a imagem do ditador demagogo que não olha aos meios para atingir os seus fins. Neste caso foi a realização de um referendo para alterar a lei constitucional que lhe permita eternizar-se no poder.
Ganhou com margem folgada e logo de seguida convidou “o povo vitorioso” para os festejos “merecidos”.
Um país onde a corrupção é enorme e alastrada, onde a inflação atingiu a média de 30% e onde ninguém respeita ninguém.
Nas circunstâncias esta seria uma boa oportunidade para os países democráticos da América Latina se demarcarem de tamanha personagem e com isso fazerem a devida diferença.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

A água no século XXI

A qualidade e a quantidade da água vão ser, com toda a certeza, o grande desafio deste século.

A desertificação e a fome associada e ao mesmo tempo o degelo glaciar motivado pelo acréscimo do aquecimento do planeta são fenómenos evidentes e só aparentemente contraditórios.
As chuvas ácidas e o perigo associado da contaminação inevitável dos bens vegetais e animais.
Por fim a quantidade e a qualidade do ar completam, fecham, o círculo da natureza.

As tempestades recentes e assustadoramente repetidas, associadas a esta crise global em que estamos mergulhados são um aviso.

Compete-nos responder, com inteligência e com um profundo respeito pelos ciclos normais da natureza.

Comecemos então pela água.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

A ilusão da ascensão


A fixação das quotas (género) para o exercício dos cargos políticos e profissionais tem sido, em algumas situações, uma ilusão.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

A beleza da arte

'Negra e Branca' (1926), de Man Ray.- MUSEO THYSSEN BORNEMISZA

Israel - centro de direita ganha eleições

A organização politica de centro de direita “Kadima” ganhou as eleições, todavia sem a maioria absoluta, o "Likud" ficou em segundo lugar.

Hipi Livini, na foto celebrando a vitória, foi a grande vencedora e de imediato anunciou a necessidade da criação de um governo de unidade nacional. Netanyahu, o grande derrotado, irá ser convidado a participar no futuro governo.

Conclusão: a direita continuará a ter uma forte responsabilidade nos destinos de Israel.

I

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Israel e os indecisos

  • Hoje cerca de 5,5 milhões de eleitores elegem o Parlamento e contribuem, assim, para o futuro de um país e de uma região em permanente turbilhão social e político. Este acto eleitoral está a ser dominado, fundamentalmente, pelo medo de um potencial Irão nuclear e pela recessão económica que fustiga a economia globalizada. Curiosamente o problema Palestino encontra-se diluído neste processo eleitoral.

    As principias forças politicas concorrentes são as seguintes:

    - Likud, organização politica de direita, liderada pelo veterano Netanyahu (as sondagens prevêem 26 a 27 lugares);

    - Kadima, organização politica de centro de direita, liderada por Tzipi Livniu (as sondagens prevêem 23 a 25 lugares);

    - Ysrael Beiteinu, organização politica de direita radical, liderada por Avigdor Lieberman (as sondagens prevêem 18 a 19 lugares);

    - Laboralista, organização politica de centro de esquerda, liderada por Ehud BaraK ( as sondagens prevêem 14 a 17 lugares);

    - Outros, diversos partidos pequenos que se prevê que possam obter cerca de 40% dos lugares.

    Olhando para as sondagens e fundamentalmente para os resultados que se prevêem para os pequenos partidos (40% dos lugares), compreende-se a amplitude das tendências de uma parte significativa dos votantes. Esta realidade pode significar, que nos dias de hoje, a sociedade israelita se encontra de alguma forma dividida.
    O homem da direita Netanyahu e já com as urnas praticamente abertas, leva uma ligeira vantagem sobre o candidato de centro de direita. Perspectiva-se, nas circunstâncias, que os indecisos terão uma palavra importante na decisão final.

    Poucas proposta e muitos ataques mútuos sobre a forma como deve ser exercido o cargo de primeiro-ministro. Alguns especialistas vaticinam que a saída seja a constituição de um governo de unidade nacional que permitirá
    enfrentar o programa atómico iraniano e as sequelas da crise económica
    .


sábado, 7 de fevereiro de 2009

Invasão israelita a Gaza













O mundo não tem descanso ou melhor certo mundo não quer que se descanse.

Factos: Israel invadiu Gaza com aparato bélico e humano significativo. As televisões, de todo o mundo, mostraram-no em directo. Bombardeamentos e vitimas civis indefesas. O Hamas no poder e nas circunstâncias, reforçou a sua imagem perante a opinião pública – vitimizou-se.

Como disse, a opinião preparada, os israelitas acabaram deste modo por legitimar os radicalistas palestinos. As forças em presença eram manifestamente desiguais: por um lado as tecnologias bélicas mais avançadas do mundo; do outro lado a determinação das milícias islamistas.

Há quem diga que este ataque foi também um primeiro aviso, de certas forças belicistas, a Barack Obama . Este foi avisado e logo que tomou posse respondeu e enviou alguém a Israel com o objectivo de vir a conseguir no futuro entendimentos sólidos entre israelitas e palestinianos.

Esperemos que sim, que o entendimento se faça. Será um salto (positivo) importantíssimo para o mundo.





sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

A vida na Palestina

A livraria "Traficante de Sonhos" em Madride, inicia hoje até 26 de Fevereiro uma
exposição fotográfica sobre a vida, durissima, nos territórios ocupados.
(A não perder - www.traficantes.net)

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009