sábado, 16 de maio de 2020

As notícias falsas

O principal objectivo da desinformação é o de manipular as convicções de um número significativo de pessoas; tem sido aqui que as redes sociais - as que se dedicam a isso, entenda-se - tem entrado através da publicação de noticias falsas (fake news) que contaminam o espaço pretendido. Por outro lado, também é verdade que o contrário pode e deve acontecer i/é desmentindo e informando correctamente.  Em Portugal mais de 50% da população diz informar-se lendo as noticias publicadas nas redes sociais; nesta perspectiva, notícias colocadas meticulosamente nas redes sociais podem alcançar claramente, de forma viciada, determinados objectivos pouco transparentes e anti-democráticos. As próximas eleições presidenciais vão ser, deste ponto de vista, um importante laboratório para testar o caso português.
(Nota: para quem estiver interessado em aprofundar o tema recomenda-se a leitura do livro Fábrica de Mentiras - Viagem ao Mundo das Fake News, do autor Paulo Pena, editado pela Objectiva)

domingo, 3 de maio de 2020

Pensar dá trabalho e custa

Ao longo da nossa vida somos tentados em optar por juízos, ideias e soluções imediatas e fáceis e assim fugir à substância das coisas. Exemplificando: entre escolher, por hipótese, uma refeição tradicional (que exige conhecimento e trabalho) e um hambúrguer, escolhemos a segunda que é a escolha mais fácil e imediata.
Vem também isto a propósito de que viver em democracia, entre outras coisas, exige que se respeite o outro e concomitantemente a(s) diferença(s) que o(s) separa. Ora praticar este princípio, por definição, obriga a pensar, o que dá trabalho e custa.

sexta-feira, 1 de maio de 2020

1 de maio- dia do trabalhador

Estar em casa (confinado) no dia do trabalhador é  ilógico, absurdo e triste. Em democracia e por definição, o primeiro de maio é um dia de festa e de confraternização  massiva dos trabalhadores. Não sendo possível a confraternização podemos aproveitar o dia para fazer diferente e por exemplo, reflectir sobre a importância do movimento sindical de em conjunto com outras forças sociais contribuir para que se encontrarem as soluções mais adequadas  para enfrentar a crise - excepcional e única - em que vivemos. As formas tradicionais de luta reivindicativa devem, num futuro próximo, dar lugar a  propostas concertadas, porventura a apresentar em sede de concertação social, que possibilitem encontrar as soluções económicas e sociais mais adequadas e sustentáveis. A maioria das empresas em Portugal são pequenas e médias e na maior parte das vezes, o trabalhador é também o empresário. Nestas circunstâncias faz todo o sentido repensar a estratégia sindical por forma a fortalecer os interesses dos trabalhadores e as suas legítimas aspirações.