sexta-feira, 31 de julho de 2015

Provérbio

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Quem anda à chuva, molha-se

Tsipras / SYRIZA / FMI

 
Problemas em Atenas e em Washington, nada é fácil para a Grécia e em particular para Tsipras.
No sentido de calar as vozes internas discordantes no interior do SYRIZA, o primeiro-ministro ameaçou avançar com um referêndum (interno), com o objetivo de aclarar a posição do seu partido sobre o 3º resgate.
Paralelamente e para dificultar as coisas, o FMI reiterou que não participará num terceiro programa, a não ser que Antenas demonstre que pode superar com êxito um primeiro exame previsto para o outono.
Tsipras nunca teve, não tem, e nunca terá a vida facilitada.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Rapaziada vem aí a bola...

 
O futebol tem muitas coisas curiosas.
Uma delas é a época futebolística, normalmente, coincidir com dois anos civis. Daí que se possa concluir que a nova época vai desenrolar-se nos anos 2015 e 2016 - neste caso julho de 2015 a maio de 2016.
Portanto rapaziada vem aí a bola, vem aí as emoções fortes.
Mas, cuidado não esquecer que temos eleições em outubro e desta vez o meu sporting tem que ganhar o campeonato.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Num monte disforme de argamassa
advínhamos os muros construídos à volta das nossas vidas.
Pelos vistos, o cimento em vez de unir,
desuniu os alicerces do nosso imaginário.
Foi bom (?) foi mau?, resta a memória, 
último reduto da esperança. 
 
(P. Vieira)

O mistério

 
É misterioso o sabor de uma batatas fritas bem feitas.
Podem acompanhar qualquer outro alimento ou, simplesmente, comerem-se sozinhas.

Varoufakis (eterno protagonista)

Plano B coloca Varoufakis na mira da justiça
 
A Procuradoria Geral Grega recebeu duas queixas contra o ex-ministro das finanças.
Acusam-no de gestão danosa - os seus actos são responsáveis pelo colapso grego, cifrando-se em 11 mil milhões e 20,8 mil milhões de euros os danos causados.
V. defende-se e entre outras coisas envolve o primeiro-ministro na contenda.
Os episódios vão continuar....

terça-feira, 28 de julho de 2015

O mágico e o politico

O mágico fez um gesto e desapareceu
a fome,
fez outro e desapareceu
a injustiça,
fez uma terceiro e desapareceram
as guerras.
 
O politico fez um gesto e desapareceu
o mágico.
 
(Wody Allen)

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Produtividade do trabalho (cont)


A OCDE publicou recentemente dados que demonstram que trabalhar muitas horas não significa que se trabalhou melhor e com mais produtividade. Por exemplo em Espanha, Portugal e Grécia trabalha-se mais horas que na Alemanha e no entanto a produtividade é muito maior neste país. Por exemplo, a Espanha (32,1€ por hora trabalhada) e que tem uma produtividade maior que Portugal, está longe de atingir a Alemanha (42,8€ por hora trabalhada).
Por outro lado, está demonstrado que as jornadas intensivas de trabalho aumentam a produtividade – porque concentram mais o trabalhador na sua prestação e assim reduzem as cargas de absentismo. – ao mesmo tempo que liberta o trabalhador para outras tarefas domésticas.

Produtividade

Horarios de trabajo
(Foto publicada no EL PAIS de 27/07/2015)
 
Será que trabalhar mais horas significa mais produtividade?

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Financial Times

Financial Times
 
 
O grupo editorial Japonês NIKKEI comprou o "Financial Times".
O preço de venda deste colosso (classificado entre os três maiores)foi de 1.200 milhões de euros.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Recordando Amy Winehouse

Amy Winehouse
 
Faz hoje 4 anos que Amy Winehouse nos deixou. Resta recordá-la, deixamos aqui um trabalho publicado no EL PAIS sobre o assunto. 

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Edificio "Espanha"

Este é um dos edifícios emblemáticos de Madrid, encontra-se situado na avenida com o mesmo nome.
Recentemente foi adquirido por um grupo chinês "Daliou Wanda.  Os novos donos estão dispostos a fazer algumas alterações,  a opinião pública,  certamente estará atenta e vigilante.

terça-feira, 21 de julho de 2015

O tesoureuro da Europa

Ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble
© Reuters Ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble

Este é o homem que a Chanceler Merkel não hesitou em ir buscar para seu ministro das finanças. Este homem era também um politico da confiança do Sr Helmut Kohl - de quem se diz amigo confidente - esteve quase para ser Chanceler. Controla o Bundesbank e há quem diga que é ele que manda no BCE.
Pertenceu, praticamente, a todos os governos de Merkel.
Apareceu envolvido em 1999, o próprio veio a confessar, a um escândalo de suborno financeiro - alegadamente terá recebido 100.000 marcos  do empresário alemão Karvrein Schreiing.
Em Outubro de 1990 foi vitima de uma tentativa de assassínio.
É um homem complexo que o destino ligou a um momento muito delicado da Europa.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Um jogo

(Publicado no EL PAIS)
 
O jornal digital EL PAIS de hoje (20/7/2014), apresenta um mapa da Península Ibérica, em que o território afecto a Espanha aparece colorido e onde as principais cidades do país vizinho são identificadas digitalmente. É feita ainda a seguinte pergunta: Cuando debe tu Ayuntamiento?
A parte Portuguesa é apresentada a branco, não tem qualquer tratamento digital, identifica apenas as 4 principais cidades Portuguesas. Intencionalmente Portugal, como é evidente, não entra no jogo.
Mas devia entrar, ou melhor, eu gostaria, porque assim permitiria comparar gastos, tipologias das dívidas, tornaria as coisas mais transparentes. Tornaria o jogo mais completo, pelo menos, no mapa...

sábado, 18 de julho de 2015

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Reflexão de Paull Krugman


O Prémio Nobel de Economia de 2008 P. Krugman, escreveu no EL PAIS no dia 23de junho de 2015 sobre o que acertou e equivocou na última década.

O que acertou:

(1) o aparecimento da bolha imobiliária;
(2)  a inflação (ausência);
(3)  juros bancários;
(4)  austeridade (perniciosa);
(5)  estímulos (insuficientes);
(6)  desvalorização interna;
(7)  Obamacare ( uma possibilidade);
O que se equivocou:

(1) a magnitude do desastre;
(2)  a deflação;
(3)  a queda do euro;
(4)  a liquidez nas dividas soberanas.

Passo a transcrever, em pormenor e em espanhol, o que foi publicado:

 Ya saben, han pasado casi 10 años desde que empecé a escribir sobre la crisis financiera y la Gran Recesión.
El punto de partida, como decía, fue la burbuja inmobiliaria.
Ese fue el principio. Desde entonces, ¿en qué he acertado y en qué me he equivocado?

Cosas en las que he acertado:

 
1. La burbuja inmobiliaria 
Vale la pena recordar con qué insistencia se negó la burbuja, y cuánta de esa negación fue política; me repitieron un montón de veces que yo solo decía que había una burbuja porque odiaba a Bush.

 2. La inflación, o la ausencia de inflación.
 He escrito muchas veces sobre esto, pero después de que estallase la burbuja inmobiliaria, fui un firme defensor de la opinión de que las políticas expansionistas de la Reserva Federal no suponían ningún riesgo de inflación. Esto despertó una gran polémica, ya que la derecha estaba totalmente convencida de que la inflación estaba al llegar, y una parte del centro y de la izquierda se sentía, como mínimo, insegura al respecto.

3. Los tipos de interés
En estas condiciones no hay efecto desplazamiento (crowding out). Lo dije enérgicamente desde el principio, y sobre este tema hubo mucho titubeo entre los demócratas, demasiados de los cuales se tragaron el cuento acerca de los peligros del déficit, incluso en una economía deprimida.

4. La austeridad es perjudicial
Un montón de gente que debería haber tenido mejor criterio se creyó la ilusión del hada de la confianza, o al menos aceptó la idea de que los multiplicadores fiscales eran bastante bajos. Yo dije que en la coyuntura actual los multiplicadores serían altos. La investigación se ha puesto al día con este punto de vista y lo ha corroborado.

5. Estímulo insuficiente
Avisé enseguida y repetidamente de que la Ley de Recuperación y Reinversión de Estados Unidos de 2009 se quedaba muy corta, y de que esa insuficiencia tendría consecuencias duraderas. Por desgracia, tenía razón.

6. La devaluación interna es despreciable, tosca y larga
Desde el primer momento sostuve que ajustar los precios relativos dentro de la eurozona sería extremadamente difícil, y que nadie tiene la clase de flexibilidad de precios y salarios que permita que la “devaluación interna” se desarrolle sin sobresaltos. Y que a los países que podían llevar a cabo devaluaciones monetarias, como Islandia, les sería todo mucho más fácil.

7. Obamacare es factible
Es un tema diferente, pero en mi libro de 2007 Conscience of a Liberal [La conciencia de un liberal], defendí, sin originalidad, que un sistema sanitario de mandatos, regulación y subsidios al estilo de la Ley de Atención Sanitaria Asequible, aunque no se pudiese construir de la nada, funcionaría en Estados Unidos. (Yo quería una opción pública, pero esa es otra historia).
 

Cosas en las que me he equivocado:

 
1. La magnitud del desastre
Vi una burbuja inmobiliaria, sabía que las consecuencias serían malas, pero no tenía ni idea de lo malas que serían. Ignoraba el incremento de las operaciones bancarias en la sombra y no tuve en cuenta la deuda de los hogares o los desequilibrios dentro de la eurozona.
 
2. La deflación
Pensé que la deflación al estilo japonés era un riesgo inminente en todas las economías deprimidas. En cambio, ha habido una inflación notablemente persistente, baja pero positiva.
 
3. La caída del euro
Creo que, en su mayor parte, mi análisis de la economía de la eurozona y de sus problemas fue bastante bueno (no obstante, ver más abajo). Sin embargo, sobreestimé en mucho el riesgo de ruptura porque entendí mal la economía política: no caí en la cuenta de lo dispuestas que estarían las élites europeas a imponer un sufrimiento generalizado en nombre de la permanencia en la unión monetaria. En relación con lo anterior, tampoco me di cuenta de lo fácil que sería manipular una modesta mejora económica y convertirla en un éxito, incluso después de años de horror.

4. Los efectos de la liquidez en la deuda soberana
Por último, siento decir que pasé totalmente por alto la importancia de la liquidez y de la escasez de efectivo para dirigir los precios de los bonos en la eurozona. Hasta que el economista Paul DeGrauwe no intervino, no fui consciente de la enorme diferencia que supondría para Europa que el Banco Central Europeo cumpliese su función de prestamista de último recurso. De hecho, si el euro sobrevive, se debería atribuir a a DeGrauwe –y a ese tal Mario Draghi, que ha puesto en práctica sus ideas como presidente del Banco Central Europeo–gran parte del mérito.

Probablemente me haya dejado algunas cosas, aunque pienso que es interesante cuántos de mis detractores sienten la necesidad de atacar mi historial inventando pronósticos y afirmaciones que nunca he hecho. Aunque no cabe duda de que he cometido errores, creo que, en general, he acertado, sobre todo porque nunca he dejado que las preocupaciones de moda me aparten de la macroeconomía básica y he intentado en todo momento aplicar las lecciones de la historia.

(Paul Krugman es profesor de Economía en la Universidad de Princeton y Premio Nobel de Economía de 2008.© 2015 The New York Times. Traducción de News Clips)

Varoufakis e Schäuble


Pode muito bem acontecer que o acordo para o terceiro resgate na Grécia não se concretize. As principais instituições da UE e a Grécia podem estar de acordo, mas se um país da zona euro não estiver – basta um – o acordo vai por água abaixo. Volta a ameaça do Grexit.
Trata este terceiro resgate de ministrar ao doente mais uma dose do mesmo medicamento. A reacção do paciente é previsível atendendo os antecedentes (1º e 2º resgates). Já ninguém acredita – os gregos em primeiro lugar e o FMI a terminar o pelotão – a divida é impagável, justamente por não ser sustentável.
Porquê insistir nesta receita? Provavelmente porque no quadro destas negociações e sobretudo dos seus protagonistas, já não existe flexibilidade e confiança negocial. Daí insistir mais do mesmo.
Varoufakis já saiu, falta Schauble e a partir daí talvez se consiga construir algo de novo.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Ar condicionado

Imagen de archivo del salón comedor de una vivienda con sistema de...
 
 
Os sistemas de ar condicionado no verão são um luxo ou uma necessidade básica (?)
 
Considerações:
 
- muitas famílias não podem suportar o custo do seu funcionamento;
- os aparelhos de refrigeração apenas consomem electricidade. esta energia é das mais caras no mercado;
- Todos os anos morrem muitas pessoas vitimas das temperaturas elevadas. 

terça-feira, 14 de julho de 2015

Uma vergonha !

 
Dá vontade de chorar de ver o ponto a que chegou a Europa.
A vontade manifesta que estes senhores tiveram em humilhar a Grécia não tem classificação, ou melhor tem: Sacanice.
No domingo passado (12/07/2014, não esquecer esta data) assistimos, em directo, para que todos víssemos, no repouso do nosso descanso,  e para que não houvesse qualquer tipo de dúvidas, a "um golpe de estado num país alheio"(Miguel Sousa Tavares)".  
Este foi um fim-de-semana em que a ideia de uma Europa livre, igualitária e solidária desapareceu. "Se um dia a ideia de Europa reaparecer seria prudente manter a Alemanha - acrescentaria Holanda e Finlândia -  a uma distância higiénica. Dar boleia a escorpiões nunca foi uma boa ideia. A Alemanha merece criar um clube só para si" (José Vítor Malheiros).
Mais uma vez fomos (europeus democratas) feridos de "morte". Basta, que esta tenha sido a última.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Fruta feia

(foto EL PAIS)

Em cada ano são atirados pela UE ao lixo milhões de toneladas  de comida.
Razões apontadas, para tão imprudente atitude, tem a ver com motivos estéticos. 
É caso para dizer que existe absoluta irracionalidade com a fruta feia.

terça-feira, 7 de julho de 2015

A dança continua...

(foto EL PAIS)

Depois do referendo e depois da substituição do ministro das finanças grego - pelo aristocrata vermelho (Tsakalotos), aqui referenciado na foto - a dança continua.
Ao que parece e depois dos resultados (claros) obtidos no referendo existem na UE quatros linhas assim constituídas: (1) Alemanha, Holanda, Eslováquia, Eslovénia, Áustria e Filandia -  representam a linha dura; (2) Espanha, Portugal, Irlanda, Bélgica e Chipre - representam a linha móvel; (3) Itália e Luxemburgo -  representam a linha moderada; (4) França -  representa a linha conciliadora. 

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Desolução

 
Os Bancos Gregos continuam fechados - na imagem uma idosa passa desconsolada junto de uma instituição bancária de Atenas.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Uma ideia brilhante...

(foto publicada no EL PAIS de 2/07/2014)

Os principais representantes políticos da era democrática espanhola, justamente os quatro Presidentes de Governo de Espanha (vivos), falta um Adolfo Suárez, juntaram-se esta quarta-feira em Madrid e foram jantar com o monarca Juan Carlos.
A politica democrática tem destas coisas surpreendentes, pela positiva, justamente juntar o que, por vezes, parece "profundamente" separado. 
Nos tempos que correm, em Espanha, esta foi uma ideia brilhante , i/é,  JUNTAR PARA REINAR.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Tentativa de um volte-face

O ainda primeiro-ministro grego surpreende muita gente ao enviar uma carta às instituições europeias em que diz aceitar a maioria das condições que lhe foram oferecidas na passada sexta-feira em Bruxelas (Eurogrupo). De imediato Itália e França afirmaram ser possível, então, um acordo antes do referendo do próximo domingo. Prudentemente a Alemanha prefere esperar, baixa as expetativas e inclusive, considera que a posição de Tsipras vem demasiado tarde, acordo só depois do referendo deixam muito claro Merkel e o inimitável ministro das finanças alemão.  

Com esta proposta o primeiro-ministro grego tenta conseguir uma extensão do segundo resgate e a elaboração de um terceiro e ao mesmo tempo deixar claro na opinião publica do seu país, os verdadeiros propósitos dos políticos alemães.

Por outro lado, e em função do evoluir da situação, o Eurogrupo reúne esta tarde.