sexta-feira, 22 de abril de 2022
O dia da Terra
quarta-feira, 13 de abril de 2022
Impeachment (URGENTE)
Jair Messias Bolsonaro foi eleito em 2018, ganhou confortavelmente após ter afastado, com a benevolência dos tribunais, o putativo vencedor Lula da Silva (candidato do PT).
Com
discursos homofóbicos e racistas permanentes incendiou, ainda mais, um país
caracterizado por ser sociologicamente complexo.
Passados
4 anos é possível ter um retrato muito próximo de um homem muito perigoso, o
qual conseguiu, num espaço de tempo curto, ser o principal responsável pelo
extermínio de 525 mil brasileiros na sua maioria indígenas e negros.
Um
mentiroso compulsivo caracterizando-se por mentir sobre tudo.
Um
homem que é um produto de um país cuja génese da sua fundação se encontra
alicerçada: na eliminação dos povos originários; último país do seu continente
a abolir a escravidão negra; do branqueamento da população através da
importação de europeus; um país que fundou a sua República através de um golpe
de estado e que a partir daí, ciclicamente, é alimentado por tentativas de
golpes militares.
Bolsonaro usou o covid – 19 como arma mortífera para
eliminar as populações mais pobres e mais vulneráveis, justamente, os indígenas
e os negros. As suas campanhas públicas, permanentes, para desvalorização da
doença são testemunho do genocídio praticado.
Recentemente aparece implicado em processos de
corrupção na compra de vacinas. Os processos de aquisição foram
propositadamente mais lentos permitindo, assim, que se recebessem as comissões
e ao mesmo tempo se atrasasse a imunização das populações. Duplo objetivo:
assassinato e corrupção.
O
ElPaís num interessante artigo, publicado na sua edição de hoje de 13/04/2022,
diz sobre ele e passo a citar a seguinte passagem Bolsonaro realiza em seu corpo-existência
todas as políticas que fizeram do Brasil o que ele é —todos os crimes que
fizeram do Brasil o que ele é. E os afirma como valor, como origem e como
destino. Seu DNA é Brasil. Se todas as políticas que alicerçaram os genocídios
indígenas e negros, assim como as grandes violências, fossem convertidas em
carne, elas seriam Bolsonaro. Elas são. Que essa criatura mitológica tenha
irrompido no momento em que os negros ampliavam sua participação e sua demanda
por participação, a população indígena crescia apesar de todos os processos de
extermínio e as mulheres ocupavam as
ruas com seus corpos não
é, obviamente, coincidência. A criatura irrompe para interromper, barrar,
interditar uma disputa que ameaça sua própria gênese.
Bolsonaro precisa, o mais rapidamente possível, ser
impedido de governar pelo Congresso Brasileiro através de um processo de impeachment
e simultaneamente ser julgado pelo Tribunal Penal Internacional em Haia.