sábado, 28 de junho de 2008

Desafios Século XXI (4)



Modernidade versus desenvolvimento


1. Um país modernizado e com padrões de consumo
elevados não significa que seja desenvolvido.

2. Um país que possua boas e modernas redes de
comunicação, telecomunicações, transportes e
distribuição, não significa que seja desenvolvido.

3. Um país que possua várias, variadas e
importantes riquezas naturais não significa que
seja desenvolvido.

4. Um país que possua tudo o que mencionámos
em 1, 2 e 3, pode também não ser desenvolvido.

Para se ser desenvolvido é necessário e essencial,
(a) possuir conhecimento, (b) ter capacidade de
inovação e (c) espírito empreendedor à escala
global.

Em poucas palavras, para se ser desenvolvido é
necessário ser-se modernamente culto.

domingo, 22 de junho de 2008

Globalização, oportunidades e desenvolvimento (9)


(Paralisação de tractores agrícolas em Bruxelas)

Imagem recente da paralisação de agricultores em Bruxelas.
O motivo foi o elevado preço dos combustíveis.

A escalada dos preços ao ser uma questão global,
globalizou também a sua contestação.


Lá como cá, as razões e os motivos são idênticos.

sábado, 14 de junho de 2008

Globalização, oportunidades e desenvolvimento (8)

Terminou a paralisação dos transportes de mercadorias (*)

O governo chegou a acordo com os transportadores.

Em troca fez concessões, registam-se aqui as mais importantes:
(a) redução do preço das portagens em horário nocturno
(entre as 22h e as 7h) em 30%; (b) majoração de 20% sobre a factura
do gasóleo, o que reduz o pagamento do IRC; (c) o não aumento do
imposto sobre os produtos petrolíferos em 2009; (d) facultar
aos transportadoras a possibilidade de só entregarem o IVA à
Administração Fiscal depois de o cobrarem aos clientes;
(e) o pagamentos das facturas aos transportadores ser efectuado
no prazo máximo de 30 dias, ultrapassado este prazo serão
aplicadas coimas aos incumpridores; (f) o apoio à modernização
das frotas.

Uma certeza temos, no final, somos todos nós que iremos pagar
o aumento do petróleo, de uma forma directa ou indirecta.
Os pequenos empresários da indústria de transportes
“ganharam” “um balão de oxigénio” que lhes vai permitir mais
algum tempo de sobrevivência.

Deste momento conturbado ressaltam, também, duas situações
interessantes, curiosamente que se interligam: a primeira que
tem a ver com espontaneidade do movimento;
a segunda com a sua temporalidade e originalidade.
Tudo isto é novo.

De forma preventiva, permitam-me citar Daniel Bessa que
no jornal Expresso de 07/06/08, disse que: preocupante
é a situação dos taxistas. Estes estão totalmente dependentes
do preço do combustível. Morrem um pouco cada dia que passa,
aos aumentos do gasóleo não podem reagir, aumentando,
naturalmente, os seus preços de venda, pois o governo
tem estes últimos congelados.
Ajudar alguns rendimentos, faz sentido, congelar preços,
nunca será a solução.
Isto, infelizmente, não é novo.


(*) A “Antram”-Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias, que esteve, desde o início e deliberadamente, à margem dos organizadores desta paralisação, é a única associação representativa dos empresários do sector. Curiosamente esta associação representa, apenas, 40% dos transportadores.


quarta-feira, 11 de junho de 2008

Globalização, oportunidades e desenvolvimento (7)


Em principio o aumento do preço dos combustíveis deveria
ter gerado, também, o aumento do preço dos transportes de
mercadorias.
Concomitantemente, estes aumentos deveriam ter também
repercussões automáticas nos preços finais das mercadorias.

Esta seria a lógica "natural"das coisas.
Sem intervenções
correctivas dos governos ou de outros agentes económicos,
designadamente através da baixa de impostos
e/ou aumento dos rendimentos disponíveis das famílias,
os consumos de mercadorias deveriam baixar.

Os transportadores, na sua maioria pequenos empresários,

na ausência de margens de comercialização – diz-se há
muito esgotadas – desesperadamente pressionam
(paralisando a actividade) os governos na esperança de
que estes, paternalistamente, intervenham. Simplesmente,
os governos não podem, também há muito esgotaram
as suas margens de intervenção. A agravar tudo isto temos
ainda as pressões ambientais que são imensas.

São tempos difíceis os que vivemos, a exigirem rigor,

competência técnica, muita coragem politica e já agora
muito diálogo social de forma a ultrapassarmos os problemas.
As políticas de Solidariedade Social e de Justiça fiscal
nunca tiveram tanta actualidade como hoje.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Globalização, oportunidades e desenvolvimento (6)



O consumo desenfreado nas grandes
cidades será um dos grandes obstáculos
ao desenvolvimento harmonioso e
sustentável das mesmas.
Moderar e racionalizar os consumos
será um dos grandes desafios deste
século.
Investir em politicas amigas do ambiente
e nas tecnologias compatíveis, bem como
nas indústrias culturais e do conhecimento,
será uma atitude coerente e lógica.