quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Discriminação sistemática


Estratégia  vergonhosa e inqualificável - do isolamento palestino em Jerusalém.
A ONU pede aos israelitas o desmantelamento do muro  

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Crescimento económico (posição de R. Gordon)


Paul Krugman ao levantar a questão se o tempo do crescimento económico não terá chegado ao fim (?), chama a atenção para a posição assumida por Robert Gordon da Northwestern University sobre este assunto. Resumidamente este advoga que o crescimento vai diminuir drasticamente, justamente por considerar que o modelo económico iniciado no século XVIII terá chegado ao fim.

Afirma o professor que o crescimento económico ao longo dos tempos não foi contínuo, existiram situações em que o processo foi pressionado por várias revoluções industriais específicas, sendo que cada uma delas alicerçava-se num conjunto próprio de tecnologias, designadamente: (i) a primeira revolução que se baseou no motor a vapor (finais do século XVIII, princípios do XIX); (ii) a segunda que teve a ver com o desenvolvimento da ciência e na aplicação desta na eletrificação, na combustão interna e na engenharia química – começou em 1870 e terminou na década de 1960; (iii) a terceira que se centrou nas tecnologias de informação e carateriza os tempos atuais.

R. Gordon diz também que em termos de benefícios a terceira revolução foi importante, mas que teve longe de atingir o impacto e importância económica e social da segunda. De facto, considera ainda, que a eletricidade foi um invento mais importante que a internet e que esta situação está a refletir-se negativamente no crescimento económico o que, naturalmente, debilitará progressivamente o sistema e a sua sustentabilidade.

(continua em post seguinte)

sábado, 26 de janeiro de 2013

Crescimento económico (continuação)

Anteriormente abordámos a questão levantada por Paul Krugman de se saber se o tempo do crescimento económico não terá chegado ao fim (?). Sustenta Krugman que tudo "pode acontecer que as máquinas sejam capazes de realizar tarefas que agora exigem muito trabalho humano". “No futuro e à escala global, esta questão é de grande pertinência. Como vão organizar-se as sociedades? Como vão distribuir-se os rendimentos e como vão estes compatibilizar-se com os níveis elevados de desemprego? Como vamos dar sustentabilidade aos consumos? Como vão ser eliminadas e/ou atenuadas as assimetrias?”
As projeções a médio prazo – efetuadas por organismos oficiais credíveis – dizem que o crescimento económico será idêntico ao ocorrido nas últimas décadas. Inclusive que os níveis de crescimento da produtividade também não serão muito diferentes dos aumentos médios ocorridos desde a década de 1970.
Afirmam também que a desigualdade de rendimentos, que nas últimas décadas aumentaram significativamente, crescerão no futuro de forma moderada.
E é sobre esta perspetiva de aumento da desigualdade na distribuição de rendimentos, mesmo que de forma moderada – cenário que temos muitas dúvidas que venha a ocorrer assim – que os riscos de conflitualidade social terão também tendência a crescer significativamente.
Portanto é bem provável que as coisas não venham a ocorrer, de forma tão previsível, como a descrita anteriormente e que sejam encontradas outras saídas para uma sociedade global em que o seu principal objetivo seja que todos os homens continuem a participar e a usufruir, de forma livre, igualitária e fraternal, os benefícios do desenvolvimento dessa mesma sociedade.

(continua em post seguinte)

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Mensagem


o caminho, e nada mais;
caminhante, não há caminho,
faz-se caminho ao andar.
Ao andar faz-se o caminho,
e ao olhar-se para trás
vê-se a senda que jamais
se há-de voltar a pisar.
Caminhante, não há caminho,
somente sulcos no mar.

António Machado
(poeta sevilhano)

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Carlos Slin - empresário Mexicano


Recentemente foi considerado o homem  mais rico do Mundo. Entretanto deu uma entrevista ao EL PAÍS onde, entre outras coisas, teceu consideraçãos oportunas sobre a crise global em que nos encontramos mergulhados.

 Do registo salienta-se:
  • Algumas politícas recessivas implementadas para efeitos do ajustamento económico estão a agudizar, ainda mais, os problemas;
  • O atual estado de bem estar tornou-se insustentável - torna-se premente aumentar a idade da reforma;
  • Na Europa mais que uma crise vive-se uma mudança de civilização; 
  • O sistema nervoso desta civilização é a tecnologia de informação;
  • Após algumas correções a Europa continuará a ser uma zona de grande potencial  de desenvolvimento.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Felipe González (uma voz crítica e oportuna)

Recentemente, Felipe González (FG) foi convidado para participar em Lisboa numa conferência (Portugal e o Mundo) organizada pelo Expresso no âmbito das comemorações dos 40 anos deste semanário.

No final do painel em que participou o histórico leader – que foi chefe do governo espanhol durante 14 anos onde presidiu à modernização e à europeização de Espanha e mais recentemente (2007) foi convidado a liderar um “Grupo de Sábios” para estudarem e refletirem sobre os grandes desafios europeus – FG deu uma interessante entrevista ao jornal diário PÚBLICO.

Pela importância das coisas que disse sobre a atual crise europeia, permito-me citar algumas:

Cheguei ao Governo, faz agora 30 anos, com 4500 dólares por habitante no meu país. Hoje, em plena crise e com toda a gente deprimida, temos 30 mil dólares por habitante. E a riqueza está um pouco mais bem distribuída do que naquela altura. Um pouco melhor. Mesmo que a educação e a saúde pública estejam em crise, estão mais bem distribuídas”. Neste contexto “temos uma boa base para responderem à crise”.

Na atual situação “a Europa vai ter de sair (desta crise) pelo caminho da federalização e da soberania partilhada. O que mais me preocupa não é tanto se vamos sair ou não da crise económica e social – porque vamos, mesmo que seja pelo caminho mais difícil e menos vantajoso – é que não consigamos sair da crise política e institucional em que estamos”. A verdadeira crise tem a ver fundamentalmente com “a governança da democracia representativa, que resulta da perda de confiança dos cidadãos nos seus representantes políticos”.

Para combater e sair da crise é necessário e urgente “um novo pacto social europeu. Um novo pacto que se adeque àquilo que é característico da Europa e que é uma economia social de mercado”, afirma ainda à laia de pergunta “quem é que está a apresentar e a discutir esse pacto?”

Afirma ainda “ou a Europa reage ou terminará sendo esse pequeno lugar nu Sudoeste da Eurásia, que representa, dentro de dez oi 20 anos, 4% ou 5% da população mundial e que perdeu o seu poder e a sua relevância”.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Dopagem no ciclismo

Lance Armstrong durante uma entrevista confidenciou ter vivido situações de dopagem que podem vir a obrigá-lo a restituir cerca de 7 milhões de euros. Corre ainda o risco de vir a ser condenado por perjúrio. Recorde-se que o ciclista americano participou vitoriosamente em diversos Tours.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Lá como cá...

foton

Aqui ao lado o partido de direita (PP) - que há um ano alcançou uma das maiores maiorias absolutas de sempre da democracia espanhola obteve agora - conforme sondagens publicadas hoje no El País - apenas 29,8%. O seu líder Mariano Rajoy está em queda livre, num período crítico da vida politica espanhola obteve, em temos de popularidade, um resultado péssimo.
Lá como cá, a austeridade não é receita que se recomende em termos de popularidade.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Crescimento económico

Paul Krugman, recentemente no EL PAÍS, levantou a questão  de se saber se o tempo do crescimento económico não terá chegado ao fim?
"Pode acontecer que as máquinas sejam capazes de realizar tarefas que agora exigem muito trabalho humano".
No futuro e à escala global, esta questão é de grande pertinência. Como vão organizar-se as sociedades? Como vão distribuir-se os rendimentos e como vão estes compatibilizar-se com os níveis elevados de desemprego? Como vamos dar sustentabilidade aos consumos? Como vão ser eliminadas e/ou atenuadas as assimetrias?
Vamos continuar a abordar esta questão em "post" seguintes.

domingo, 6 de janeiro de 2013

A problemática do euro

Para os portugueses, na atual conjuntura de crise, será o euro uma moeda segura? Curiosamente, segura será ! Já tenho muitas dúvidas, na atual estratégia da UE, que seja a ferramenta mais adequada para ultrapassarmos as dificuldades.
Vejamos então...
Precisamos, já que o nosso problema é essencialmente económico, de mais investimento - com ele cresceremos e criaremos mais riqueza e assim mais emprego. Mas para atrairmos esse investimento precisamos, à nossa escala, de uma moeda competitiva e atrativa.
Chegados aqui a questão coloca-se de novo. Será o euro a moeda que, neste momeno histórico, mais se adequa às nossas necessidades? Tenho muitas dúvidas....

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Perspetivas para 2013

As perspetivas para 2013, infelizmente, não serão melhores das que publicámos para 2012, porventura até serão piores - os contornos são mais claros (evidentes), apresentam tendência para o agravamento.
De facto 2013 nasceu mergulhado numa crise profunda cuja saída se mostra imprevisível - e nessa medida de difícil alcance.
O Transparente -21 na sua missão desafiante vai procurara acompanhar o evoluir dos acontecimentos, sendo certo que o domínio destes é cada vez mais dependente do controlo de fatores exógenos à nossa putativa realidade.

PERSPETIVAMOS para 2013:

Este será um ano marcado, mais uma vez, pela crise económica e social confinante ao espaço da União Europeia, sobretudo dos nossos vizinhos espanhóis - dos quais dependemos fortemente no que se refere às nossas exportações;

Agravamento da crise nas estruturas económicas e sociais – mais falências e desemprego;

Crise nos modelos ideológicos;

Crise nas instituições e nos modelos políticos.

Desafios que terão a ver com a capacidade da UE em ultrapassar as dificuldades colocadas com a integração europeia.

Evolução da política internacional (exterior à UE) designadamente, no que se refere ao EUA e ao comportamento da sua administração, ao problema da ameaça nuclear iraniana, aos conflitos eternos no Médio Oriente, ao empobrecimento galopante do continente africano, ao equilíbrio e crescimento sustentado do continente asiático, ao crescimento da corrupção e do terrorismo internacional, a uma nova ordem internacional e consequente reforma das instituições designadamente das Nações Unidas (?) estarão, no seu conjunto, dependentes do comportamento da Europa.

Aos desafios ambientais e energéticos e ao entendimento global dos níveis aceitáveis de poluição do planeta

Aos desafios culturais no sentido da adaptabilidade das novas tecnologias e defesa da genialidade e originalidade das identidades próprias.

Uma certeza, o Transparente -21 fixará a sua atenção ao longo do ano, prioritariamente, em alguns dos temas acima citadas.