(publicada hoje no EL PAIS)
A decisão de o governo chinês acabar com a política de proibição de os casais não poderem ter mais que um filho põe fim a um experimento social que começou em 1980 até aos dias de hoje (cerca de 35 anos). Esta realidade criou ao longo dos anos fortes desequilíbrios demográficos com óbvios efeitos sociais e políticos.
Esta política calamitosa teve
consequências vertiginosas em milhões de chineses que para o efeito optaram por
ocultar a sua verdadeira identidade. Milhões de mulheres foram pura e
simplesmente abandonadas.
A nova política de Pequim vai no
sentido de reconhecer o direito e a liberdade de cada matrimónio escolher o
número de filhos que quer ter. As exigências do combate ao envelhecimento da
sociedade chinesa estão a ter as suas consequências.
Finalmente as autoridades estão a
assumir que a democracia é o território da liberdade e da responsabilidade.