A primavera árabe vista, de uma perspetiva
europeia, coloca desde logo uma questão fundamental relacionada com o Mediterrâneo
atual e com a realidade política e social envolvente – fragmentação política,
paz, segurança e prosperidade.
Se perguntarmos aos responsáveis políticos europeus
qual a estratégia relativamente aos países do mediterrâneo serão logo enumerados
um vastíssimo leque de programas e medidas.
No entanto tudo isto é insuficiente porque o
fundamental é ter uma estratégia regional devidamente desenhada e se possível outorgada.
O pragmatismo e o medo do islamismo político, o
controlo da imigração clandestina e do terrorismo levaram muitos responsáveis (europeus) a confundirem situações. Europa
e EUA estão a perder o controlo e influencia no mediterrâneo.
É necessário fomentar a construção na região mediterrânea
de regimes democráticos e simultaneamente garantir o desenvolvimento económico
sustentado, e de forma muito clara deixar evidente o interesse a longo prazo da
UE.
Como pensa adaptar-se a Europa às novas realidades
surgidas na Líbia, Síria, Marrocos, Jordânia e Egito são questões pertinentes.
Para fazer frente a tudo isto é necessário
estratégia, a sua ausência manifesta défice de integração.