sábado, 2 de agosto de 2025
O PSD/PPD
O Editorial do Semanário Expresso de 1 de agosto de 2025 (assinado pelo Director-Adjunto David Dinis),refere-se, entre outras coisas, à sustentabilidade política e ideológica do actual governo que, de facto, de social-democrata tem muito pouco.
Reflectindo um pouco sobre o excelente texto permito-me acrescentar, pondo em relevo, que o PSD foi e ainda continua a ser um partido interclassista - o que significa que inclui nas suas fileiras sensibilidades que vão da extrema direita à social-democracia, daí a sua originalidade que Francisco Sá Carneiro soube explorar de forma exemplar.
Até à subida de Pedro Passos Coelho ao poder (partido e governo) a sensibilidade que mais tempo dirigiu o partido foi a próxima da social-democracia. Tal desiderato permitiu a aproximação ao PS, bem como às estruturas sociais em que assenta o funcionamento de estado de direito democrático.
Com a escalada do CHEGA, que absorveu nas suas estruturas parte significativa da extrema-direita que se encontrava "escondida" no PSD, temo, embora ainda não tenha a certeza e muito menos o desejo que a sensibilidade que emergiu na condução dos destinos do PSD/PPD - sigla aglutinadora criada por Pedro Santana Lopes - seja afastada deste governo com as consequências devastadoras inerentes.
Tempos difíceis que atravessa a democracia portuguesa e neste particular o PSD e as suas sensibilidades sociais-democratas que julgo que tudo farão para corrigir esta deriva direitista.
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025
Tendências pra 2025
Com algum atraso aqui estamos a prever 2024 – desde já as mossas desculpas (sinceras)! Comparativamente a 2024, como temia-mos, tudo se alterou. Trump ganhou as eleições de forma inequívoca. Com maioria: Câmara dos Representantes; Congresso e Senado. Tem tudo para aplicar o seu pograma.
1ª fase: 200 decretos dirigidos: à administração Biden (demissão de todos os funcionários federais); à desregulamentação do aparelho suporte do Estado de Direito Democrático (justiça, saúde, educação, segurança, direito das mulheres e das minorias étnicas e sociológicas, medidas de apoio ao ambiente, direitos dos imigrantes), fim dos apoios a Instituições Internacionais no âmbito da saúde e segurança. Nesta 1ª fase serão ainda incluídas medidas que afetarão o financiamento da Nato e Nações Unidas, com reflexo direto nos conflitos de Gaza e Ucrânia. Tudo isto (Nota), no seu conjunto, demorará a implementar mais de uma legislatura, sendo, nestas circunstâncias, os pontos fortes e fracos do novo mandato de Trump. Por um lado, vamos ter Trump a proteger-se da justiça, dirimindo a seu favor os casos que pendem sobre ele e por outro lado, a criar as condições para realizar os negócios que muito lhe convier. É neste “caldo de cultura” que vai ter que se movimentar e porventura vai-lhe sobrar maioria e aí vão aparecer os chamados votos não satisfeitos.
Contudo, o mundo rola e as incógnitas apontadas para 2024, mantem-se, a saber: 1) Subida do Chega 2) Redes Sociais – evolução e controlo 3) AI 4) Digital e robótica – como evolucionam; 5) Guerra na Ucrânia- divisão do território com perspectivas de paz; 6) Conflito em Gaza – Israel e Hamas; 7) Médio Oriente - a questão do Irão e dos seus conflitos sociais; 8) Tensão entre EUA e China - como tudo isso afectará a Europa e consequente perda da sua influência estratégica; 9) Comportamento da Economia Global; 10) Pressões Energéticas – efeito inflacionista; 11) Evolução da situação política em Espanha.
Daremos/tentaremos dar aqui boa nota disso.
Abraço e votos de um bom 2025.
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