sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

c) Imprensa, poderes e democracia


(continuação – Comunicação Social – princípios fundamentais)

Continuando a citar Ignacio Ramonet e sobre a forma de falarmos do poder, que não podemos fazê-lo sem ter em consideração a crise que este atravessa. Crise que é uma das características dos tempos actuais. Passámos de um poder vertical (hierarquizado e autoritário) para um poder horizontal (em rede e consensual) . Consenso, acrescenta, que tem sido conseguido pelo expediente e pela manipulação mediática.

De facto à imprensa e comunicação social em geral foi-lhes atribuída um “quarto poder” em oposição aos três tradicionais, o legislativo, o executivo e o judicial.
Uma pergunta desde logo se coloca: podemos continuar a pensar assim?
A resposta é não. De facto o poder tem procurado, ao longo dos tempos mais recentes, manipular e manobrar e instalar caminhos de desconfiança.
Exemplos desses produtos de desconfiança e manipulação são facilmente encontrados: o escândalo Watergate; a morte de Diana; o caso Clinton-Lewinsky; a Guerra do Golfo.

Por detrás destes casos, extremamente complexos, estão forças “invisíveis” que têm trabalhado ardilosamente pondo em causa a verdade mediática. Para o efeito criaram novas formas de censura e propaganda pondo em causa a verdade jornalística.

Outra forma de manipulação tem sido a utilização de factos mentirosos. A revolução Romena e a guerra do Iraque foram ricas em exemplos.

Para o futuro é importante que muita coisa mude e desde logo é fundamental que se alterem as atitudes e os comportamentos dos jornalistas e do público. Eu diria que praticamente temos tudo para mudar. Temos os meios técnicos e humanos e as tecnologias. Falta-nos, apenas, a vontade cultural para a mudança.
(continua)

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