sexta-feira, 6 de agosto de 2010

STOP ≠ proibir


Os touros são em Espanha um símbolo que tem marcado presença importante na evolução da sociedade espanhola, designadamente no que diz respeito ao turismo e à sua imagem de marca conhecida por esse mundo fora.

O Parlamento Catalão ao proibir recentemente as corridas de touros no seu espaço autonómico teve, no imediato, consequências divisionistas na Catalunha (50% / 50%) e no resto de Espanha manifestações de incompreensão e de repudio.

Parece-me também evidente e desse ponto de vista o(s) movimento dos defensores dos direitos dos animais tem toda a razão, que a violência associada à “fiesta” é matéria suficientemente forte para repensar a sua prática e sobretudo a sua continuidade.
Tenho para mim, que em 2010 conviver com tais práticas é um exercício cívico (no mínimo) pouco saudável e muito criticável, sobretudo, para quem condena (bem) e luta (bem) contra outras práticas violentas.

É também evidente que a chamada “fiesta” já viveu melhores dias enquanto espectáculo assistido, inclusive, pelos seus apoiantes. Longe vãos os tempos em que a temporada em Las Ventas era um sucesso espectacular e inolvidável.

Na perspectiva do que acabo de escrever proibir, como fez o parlamento catalão, parece-me um erro clamoroso que, com toda a certeza, terá consequências futuras bastante negativas, sobretudo, para a própria Catalunha.
Porventura o STOP teria sido mais inovador e certamente mais apropriado.

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