quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Atlas das Migrações

Atlas das Migrações
No âmbito das comemorações do centenário da Republica, a Comissão do evento conjuntamente com a Fundação Gulbenkian promoveu um estudo realizado pelo Centro de Investigação e Estudos Sociológicos do ISCTE - IUL. O estudo aborda o fenómeno migratório em Portugal, e o seu coordenador é o académico Rui Pena Pires.
O resultado vai chamar-se "Atlas das Migrações" e será lançado proximamente dis 11/10, aquando da realização de um colóquio sobre os assunto na Gulbenkian. O Atlas tem como destinatários a Academia, as Politicas Públicas e finalmente o público em geral.
Algumas notas subjacentes ao mesmo:
- O destino dos portugueses emigrantes, no período de 1950 - 1974, foi a Europa 1.122.357, a África 26.748, Brasil 316.240, Oceania 3.200 e América 343.382 ;
2ª - Embora Portugal seja também um país com imigrantes, o défice é enorme em relação a estes;
- A emigração tende a provocar desequilíbrios demográficos importantes , com incidências negativas no sistema da Segurança Social;
Se não compensarmos as saídas (emigrantes) - a alternativa é a substituição através da entrada de imigrantes - mais tarde ou mais cedo, teremos problemas graves em consequências da necessidade da substituição de activos no mercado de trabalho e concomitantemente de défice de financiamento do nosso sistema de Segurança Social.
O processo emigratório acaba por gerar desequilíbrios em sectores (com carências de mão-de-obra), justamente naqueles que são mais dinâmicos e que por sua vez, estão mais internacionalizados e que dão mais oportunidades aos portugueses que vão para fora;
- O país da UE com mais emigrantes é o Reino Unido, contudo tem sabido, inteligentemente, compensar as saídas com as entradas (imigrantes);
- No futuro (hoje) é importante preparar quantitativa e qualitativamente o nosso processo migratório, quebrar os tabus e os medos associados e fomentar as redes de cooperação.

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