segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Bibliotecas e leituras

José Pacheco Pereira no seu habitual espaço de sexta-feira do jornal “Público” (26/02/11) escreve, com competência, acerca das bibliotecas e fundamentalmente sobre a capacidade humana para a leitura dos livros que compõem essas mesmas bibliotecas.
Diz e passo a citar “o número razoável para um grande leitor anda à volta de 100 por ano, o que, em 60 anos úteis de leitura, dá á volta de 6000, mas, mesmo assim, parece-me já muito exagerado, porque ninguém mantém tanta regularidade de leitura. Tenho registo de ter lido na juventude quase um livro por dia, trinta por mês, mas olho com espanto para muito desses títulos de que não me recordo absolutamente nada. Alimentaram o monstro, mas desapareceram da memória útil. Mas lembro-me de muitos outros na mesma altura, os únicos que deveriam figurar na lista”.
Duas ou três notas de reflexão se colocam e que tem a ver com a importância que deve ser dada à leitura na formação estrutural dos indivíduos, e simultâneamente à qualidade (substancia) das obras escolhidas.
Assim, parece também essencial que sejam escolhidos os melhores temas e autores de maneira a garantir a formação adequada dos destinatários.
Neste contexto a qualidade deve prevalecer indubitavelmente sobre a quantidade.
Chegados aqui outras questões importantes se colocam, das quais se destacam os papeis que os pais e os agentes do ensino tem obrigação de assumir, designadamente quanto às selecções literárias e procedimentos de ensino escolhidos com vista à transmissão de conhecimentos, os quais se pretendem rigorosos.

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