sábado, 12 de março de 2011

Solidário com a geração à rasca

Inicio dos anos 80, jovens fundadores de uma nova ordem de viver e conviver em liberdade. Recentemente libertos da obrigação militar de fazer uma guerra que, a maioria de nós, não entendíamos nem aceitávamos. Protagonistas de um sistema de representação democrático em permanente construção e evolução. Igualmente protagonistas das principais alterações legislativas, institucionais e organizacionais da sociedade.
Tínhamos então 25 anos, muitos de nós já então divorciados de um primeiro casamento sem enquadramento adequado, em geral já não vestíamos de cinzento e queríamos ser felizes e viver com dignidade – casa, pão e educação como escrevia o poeta.
Somos hoje os pais e até avós, da geração chamada à rasca.
Geração que, independentemente dos seus níveis de instrução e formação – dos mais elevados de todas as gerações – não encontra soluções de trabalho adequadas à sua afirmação económica e social.
Naturalmente que hoje, muitos de nós, vai estar presente na manifestação protesto da geração à rasca, cumprindo dessa maneira um dever de solidariedade compatível com as responsabilidades livremente contraídas.

Sem comentários: