quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Impostos e Desigualdade


 
(A acumulação acelerada da riqueza no mundo só pode equilibrar-se com políticas justas de redistribuição)

 Vários indicadores de várias instituições internacionais tem vindo a alertar para o facto de desde a crise financeira instalada as desigualdades aumentaram na economia mundial – os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres estão cada vez mais pobres. Sublinhando-se, com agravo, que estes últimos são cada vez mais.
Um documento informativo recente do Credit Suisse revela que 1% da população mundial possui metade de todos os activos globais.

As causas desta disparidade entre os mais ricos e os mais pobres são conhecidas. Comprovou-se que a riqueza financeira acumulada resistiu muito melhor aos confrontos da crise. Os chamados mercados e os seus negócios não pararam de subir nestes últimos anos, ao mesmo tempo que as economias nacionais não pararam de atacar os rendimentos salariais (reduzindo-os) como forma de cumprir com as políticas recessivas. Nesta medida os rendimentos altos protegeram-se muito melhor que os rendimentos baixos.

No seguimento de tudo isto tem vindo a perpectuar-se a eliminação dos instrumentos económicos e fiscais capazes de moderar as desigualdades e assim aumentar a redistribuição. Ao mesmo tempo que se assista a uma intensa acumulação de activos bastante superior a épocas de prosperidade, verifica-se que a tendência tem sido em reduzir em diversos países os impostos sobre o património e não prestar a atenção aos paraísos fiscais.

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