quarta-feira, 29 de abril de 2009

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Texto/09/95
Carcavelos
Vem isto a propósito da jornada laboral máxima das 65 horas semanais. Esta proposta tem cerca de 5 anos e vem sendo discutida entre os representantes do Parlamento Europeu e dos 27 estados membros da UE. Não foi possível chegar-se a acordo e desta forma continuará em vigor a legislação que prevê que se possa trabalhar até as 75 horas semanais desde que haja acordo entre as partes í/é empregados e empreendedores.

Quando a proposta das 65 horas foi pensada e desenhada e finalmente posta à discussão o paradigma existente era o de uma Europa Social cuja matriz fundamental assentava na igualdade económica e social dos membros da união. Dito de outra forma pensava-se e desejava-se, entre outras coisas, que não houvesse uma união a duas velocidades.

Por outro lado, a crise veio agravar todos estes problemas porquanto instalou um manto de prioridades fundamentais em detrimento de outras não consideradas prioritárias. Estas, por sua vez, com o tempo e as circunstâncias tem tendência a ser esquecidas.

É caso para dizer,
mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.

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