domingo, 3 de maio de 2009

Execução de uma jovem no Irão

Texto/9/99
Carcavelos

A Amnistia Internacional acaba de denunciar mais um caso de flagrante atentado aos direitos humanos. Tratou-se da execução pelas autoridades iranianas de uma jovem pintora de 22 anos, que teria sido acusada de um homicídio quando tinha 17anos.

A Amnistia afirma que a jovem Delara Darabi não teve um julgamento justo e denuncia ainda que não se respeitou um adiamento recente da execução proferido pelo tribunal.

Ao que consta tudo foi feito pelas autoridades do Irão de uma forma muito rápida não tendo, inclusive, havido tempo para avisar o advogado e a família da vítima.

Este caso tornou-se conhecido no mundo – mais uma vez foi pouco comentado em Portugal – através da difusão dos dramáticos desenhos e pinturas que a jovem, em desespero, foi realizando durante cinco anos de cativeiro na prisão de Rasht.


A União Europeia à semelhança da Amnistia Internacional veio expressar a sua indignação e exigido a abolição da pena de morte para menores de idade no Irão.

Esta situação é muito preocupante e levanta, desde logo, um conjunto de necessidades: (a) enquadramento, numa escala global, do problema e da necessidade de se respeitarem os direitos humanos contidos na carta das Nações Unidas (que desde logo condena a monstruosidade cometida); (b) a assumpção do Estado de Direito Democrático como garante fundamental do respeito e cumprimento dos direitos fundamentais de cidadania; (c) a criação e difusão, de forma globalizada, dos mecanismos reguladores imediatos (monitorização).

Esta monstruosidade praticada pelas autoridades do Irão, cuja cumplicidade desconhecemos, ocorreu num país em que a população é de cerca de 66 milhões de pessoas (est. 2008), governadas por um governo eleito numa Republica Teocrática.

Sem comentários: