domingo, 28 de junho de 2009

A crise e a fome no mundo


Texto/130/09
Carcavelos
A FAO – Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação informou, recentemente, em Roma que a fome atingiu um recorde histórico de 1.020 milhões de pessoas que passam diariamente fome. A fome aumentou, entre 1995 e 2006, praticamente em todos as regiões do mundo, com excepção da América Latina e Caribe.

A crise económica mundial é a grande responsável pelo aumento do desemprego e consequentemente pelo agravamento das condições de vida das pessoas. A crise reduziu o acesso dos pobres aos alimentos. Uma mistura de desaceleração do crescimento económico misturada com preços de alimentos altos provocou o descalabro.

E continuará a deteriorar-se se entretanto não forem encontradas soluções (globais) que permitam, sobretudo, aos países pobres saírem de uma situação gravíssima onde impera a crise silenciosa da fome. Os números são assustadores, um em cada seis seres humanos do planeta passa fome.

No limite esta situação é um sério risco para a paz e a segurança mundial. Os países pobres necessitam, urgentemente, de ferramentas para se desenvolverem economicamente e incrementarem o investimento na agricultura. A maioria dos países pobres necessita de um sector agrícola saudável que lhe permita cobrir as necessidades básicas e concomitantemente enfrentar os desafios do crescimento económico.

Na maioria dos países em vias de desenvolvimento investir nos pequenos agricultores é a maneira, mais inteligente, de fortalecer as redes sociais e incrementar a coesão social e económica das comunidades.

O combate à corrupção em todas as frentes e escalas – local e global – é também prioridade fundamental e urgente.

Nunca como hoje a expressão - pensar globalmente agindo localmente – teve tanta importância e actualidade.

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