quarta-feira, 5 de maio de 2010

Um caminho longo a percorrer

Os números são assustadores: 8,8 milhões de crianças morrem todos os anos no mundo antes de atingirem os cinco anos de vida; 343 mil mulheres morrem anualmente devido a complicações durante a gravidez e no parto.

A SAVE THE CHILDREN considerou recentemente em relatório que Portugal, num universo de 160 países analisados, é o 8º melhor para se ser criança. Quanto aos direitos que as crianças tem de acesso à educação, à protecção e ausência de discriminação somos, portanto, dos melhores. Quanto à mortalidade infantil ocupamos, também, uma das mais baixas taxas (quatro óbitos por cada mil nascimentos).

Quanto à maternidade ocupamos, naquele universo definido, a 19º posição. Para o efeito de medição da qualidade foram tidos em atenção 10 factores ligados à educação, saúde, economia, politica e bem-estar básico dos filhos.
Quanto à qualidade de vida das mulheres portuguesas ocupamos 22º lugar. A esperança de vida das mulheres é, actualmente, de 82 anos, 63% tem acesso a contraceptivos modernos e possuem, em média, 16 anos de estudo.

São informações optimistas que tem a ver com o grau do nosso desenvolvimento. Podemos e devemos melhorar e potencializar, porque existe margem, os factores educativos e de saúde associados. Paralelamente devemos incrementar a exportação dos serviços que tenham a ver, justamente por sermos dos melhores, com a educação e a saúde.

Temos, portanto, um caminho longo a percorrer, onde será necessário fazer um esforço intelectual colectivo e deixar de olhar para o mesmo lado do problema e, em alternativa, fixarmos a nossa atenção no essencial. E o essencial são as nossas condições naturais (geografia, morfologia e clima) e culturais/económicas (língua, história e património cultural) que no seu conjunto são extremamente fortes e competitivas
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