quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O pagamento das dívidas soberanas

José Sócrates proferiu alguns comentários acerca do pagamento das dívidas soberanas pelos estados devedores. O entendimento indígena foi o de que o homem teria dito que as dívidas não eram para ser pagas. Alguns comentadores e políticos apareceram a dizer que Sócrates era irresponsável e que a posição do antigo primeiro-ministro no fundo “só demonstrava a sua fragilidade política e consequentemente justificava – tal posição - os resultados negativos atingidos pela sua governação”.
Convém dizer que Sócrates tem toda a razão no que disse.
As dívidas, nos estados modernos, tem que ser sempre (obrigatoriamente) pagas – e dizer ou fazer crer o contrário só acontece em países com governações irresponsáveis – mas tem de o ser de maneira consensualmente gerida e planeada pelos devedores e credores. Sócrates disse apenas isso e disse muito bem.
Agora os “atentos” críticos levantaram, embora não fosse essa a sua intenção, uma velha questão, que no fundo é a confusão entre dívida económica e contabilística e gestão financeira da mesma. Mas esta é uma velha questão para ser discutida mais tarde com calma e menos espuma...
Conclusão: Embora em Paris a estudar filosofia, Sócrates continua atento...no presente e muito bem, quanto às questões económicas e financeiras inerentes ao pagamento das dívidas soberanas.

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