domingo, 18 de março de 2012

Desenvolvimento (desafios) III

2 – Finanças


O sistema financeiro encontra-se num processo de saneamento provocado, fundamentalmente, pela necessidade de limpeza e resolução dos problemas causados pelo sobreendividamento da economia. Resultado de tudo isto tem sido um clima generalizado de desconfiança, o qual tem levado a banca a não apostar na economia real, leia-se pequenas e médias empresas e famílias. Ao que parece a banca entende que só deve emprestar aos agentes tradicionais quando estiver com os seus problemas de capitalização resolvidos. Nestas circunstâncias, a atitude mais séria seria de facto os bancos ao mesmo tempo que se capitalizavam emprestarem dinheiro aos agentes económicos e ao próprio Estado. Ao que parece a realização das duas coisas ao mesmo tempo parece tarefa francamente difícil de acontecer.
Por outro lado, verifica-se que as empresas para pagar os seus compromissos necessitam de produzir, para isso necessitam de mercado e de se financiar. Por outro lado, o Estado para pagar o que deve e investir (obras públicas) necessita também de dinheiro (impostos) e (empréstimos). No seu conjunto, estamos perante um ciclo vicioso, cuja resolução necessita, no quadro da nossa integração na UE, de ajuda externa e de esforços acrescidos de saneamento da economia e das concomitantes reformas estruturantes de maneira a serem encontradas as alavancagens adequadas do ponto de vista do desenvolvimento económico e social sustentado. Para tudo isto necessitamos também de tempo calculado de forma criteriosa.

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