sábado, 10 de março de 2012

Tempos estimulantes (segunda parte)


No Brasil e na Argentina estão duas mulheres a chefiar os respectivos estados, as presidentas: Cristina Kirchner (Argentina) e Dilma Rousself (Brasil). Nos cenários envolventes, constata-se que as mulheres destes dois países, à semelhança da maioria dos países que fazem parte da américa latina, são fortemente reprimidas e marginalizadas. Mas, por outro lado constata-se também que as mulheres são hoje já a maioria dos estudantes universitários – 53% do total.
Estes paradoxos existem porque estão submersos em realidades conflituantes e em muitas situações profundamente chocantes. Efectivamente, nestes países registam-se as mais altas taxas de assassinatos e violência de género e gravidezes de adolescentes. Os abortos clandestinos (ilegais) são um flagelo.
A América Latina é um subcontinente fortemente marcado pelas desigualdades sociais, mas por outro lado tem, nos últimos anos, níveis de crescimento económico assinaláveis. Curiosamente é neste contexto – repressão das mulheres e crescimento económico – que as mulheres em conseguido as maiores quotas de poder. Presentemente a América Latina 40% da população é governada por mulheres (Brasil, Argentina, Costa Rica e muito proximamente é possível que seja o México. As mulheres são, no contexto da governação e gestão, consideradas melhores gestoras, por isso é também natural que ocupem os lugares.
O narcotráfico e a corrupção continuam também a ser uma realidade fortemente presente, sendo elas próprias geradoras de movimentos extremamente violentes. Curiosamente, também aqui, o combate tem sido muitas vezes liderado pelas mulheres.

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