terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Prudência do BCE


O presidente do BCE – Mario Draghi, considera que é demasiado cedo para se afirmar que a crise económica na zona euro está ultrapassada.
Nesta perspetiva é razoável manter os juros bancários baixos (0,25%), bem como usar outro tipo de ferramentas para promover o crescimento económico de forma controlada. O risco deflacionista será mais facilmente combatido se os países com maior margem económica, da zona euro, expandirem mais rapidamente as suas economias.

Nos últimos meses a maioria dos indicadores da zona euro melhoraram de forma clara, não só a recessão foi abandonada como as famílias e empresas ganharam mais confiança.

Financeiramente (mercado) iniciou-se o ano de forma suave, o que aligeirou a pressão e o stress à volta dos mercados da divida soberana, situação que levou a que alguns responsáveis europeus tenham proferido declarações bastante positivas quanto ao abandono da crise.

Com taxas de desemprego que atingiram máximos históricos e níveis de inflação baixos, o que contraria, nas circunstâncias o crescimento económico e concomitantemente a criação de emprego, há lugar às necessidades de promover campanhas financeiras facilitadoras do investimento (leia-se privado e público).
A zona Euro contínua a ser o bloco económico mais ameaçado por esta crise financeira, fundamentalmente pelas novas revisões relativas à qualidade dos ativos bancários vinculados à transição da união bancária, bem como por uma taxa de variação dos preços bastante baixa - níveis muito próximos de um clima deflacionista.

Efetivamente a continuação do desemprego elevado é demonstrativo da incapacidade das instituições europeias de gerirem a crise e susterem a deterioração do nível de vida dos cidadãos e fundamentalmente os ataques à qualidade prestativa do estado social.
Nesta perspetiva e prudentemente faz bem o BCE em controlar as decisões politico-financeiras à semelhança do que tem feito a Reserva Federal dos EUA.

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