O
presidente do BCE – Mario Draghi, considera que é demasiado cedo para se
afirmar que a crise económica na zona euro está ultrapassada.
Nesta
perspetiva é razoável manter os juros bancários baixos (0,25%), bem como usar
outro tipo de ferramentas para promover o crescimento económico de forma
controlada. O risco deflacionista será mais facilmente combatido se os
países com maior margem económica, da zona euro, expandirem mais rapidamente as
suas economias.
Nos últimos meses a maioria dos indicadores da zona euro
melhoraram de forma clara, não só a recessão foi abandonada como as famílias e
empresas ganharam mais confiança.
Financeiramente (mercado) iniciou-se o ano de forma suave, o que
aligeirou a pressão e o stress à
volta dos mercados da divida soberana, situação que levou a que alguns
responsáveis europeus tenham proferido declarações bastante positivas quanto ao
abandono da crise.
Com taxas de desemprego que atingiram máximos históricos e
níveis de inflação baixos, o que contraria, nas circunstâncias o crescimento
económico e concomitantemente a criação de emprego, há lugar às necessidades de
promover campanhas financeiras facilitadoras do investimento (leia-se privado e
público).
A zona Euro contínua a ser o bloco económico mais ameaçado por
esta crise financeira, fundamentalmente pelas novas revisões relativas à
qualidade dos ativos bancários vinculados à transição da união bancária, bem
como por uma taxa de variação dos preços bastante baixa - níveis muito próximos
de um clima deflacionista.
Efetivamente a continuação do desemprego elevado é demonstrativo
da incapacidade das instituições europeias de gerirem a crise e susterem a
deterioração do nível de vida dos cidadãos e fundamentalmente os ataques à
qualidade prestativa do estado social.
Nesta perspetiva e prudentemente faz bem o BCE em controlar as decisões
politico-financeiras à semelhança do que tem feito a Reserva Federal dos EUA.
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