Antes de mais devo referir que a realidade das coisas na guerra da Ucrânia, que muitos chamam e a meu ver bem, A guerra de Putin, evidencia, por detrás da desgraça colectiva que se vive, um homem perigoso e profundamente cruel. Um homem capaz de tudo e quando assim é a sua ação, enquanto principal protagonista detentor de plenos poderes políticos e institucionais de uma nação como a Rússia, torna a solução de um conflito bélico muito mais difícil e complicada.
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É uma federação que agrega 22 repúblicas,46 regiões autónomas e 9 territórios;
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Tem 160 etnias diferentes, e 100 línguas diferentes;
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4 grandes religiões diferentes - a ortodoxa, a islâmica, a judaica e a budista
e uma enorme variedade de seitas;
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Uma população pequena, atendendo à dimensão do território, de 140 milhões de habitantes.
Neste
contexto é fácil de perceber que esta complexidade só pode ser governada
autocraticamente deixando de fora o modelo democrático há muito condenado. Esta
realidade, insofismável, assenta hoje num autocrata que se chama Putin, antigo
membro da polícia secreta soviética (sua escola), onde militou e aprendeu a
dissimular, a mentir, a torturar e a assassinar. Este homem preside a um
“estado” totalitário, governado caoticamente, apoiando-se em autocratas
alimentados pela corrupção, onde alguns países europeus(democráticos)tem colaborado
fazendo vista negra aos seus negócios. Estes autocratas detêm hoje (pasme-se)
riqueza equivalente a 75% do PIB da Rússia.
Para
governar nesta realidade caótica, Putin precisa de se legitimar apelando a uma
dimensão imperial, onde a guerra expansionista se justifica para si e para os
seus sequazes.
Este
homem vinha avisando - Crimeia (primeiro objectivo) concretizado, Donetsk
(segundo objectivo) também concretizado. A Ucrânia é a seguinte conquista
expansionista.
A
europa democrática – completamente impotente e desarmada - perante esta
realidade que ocorre bem perto das sua barbas, refugia-se na NATO (organização
militar de defesa) e nas penalizações económicas à Rússia.
Perante
isto Putin, que controla a 2ª potencia militar do mundo, continua na sua
caminhada criminosa rumo a uma situação que, no limite, pode levar a uma 3ª
guerra mundial.
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