sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Dia da Répública (Comemorações)



(http://pt.wikipedia.org/wiki/Implanta%C3%A7%C3%A3o_da_Rep%C3%BAblica_Portuguesa)

A Proclamação da República Portuguesa foi feita da varanda da Praça do Município de Lisboa em 5 de Outubro de 1910. Seria normal e até saudável que a efeméride fosse celebrada todos os anos no mesmo local, acrescidamente justificado por se tratar de um espaço integrado numa bonita e ampla praça onde, todos, todos o que quisessem – sem necessidade de convite – o pudessem fazer sem qualquer restrição.
Tem sido assim nos últimos anos, este ano não foi. Elegeu-se um local cercano, no recuperado (saúda-se) Pátio da Galé. Sítio igualmente nobre mas mais recatado, mais protegido da presença direta do povo, do ilustre povo republicano e já agora da sua revolta, legitima, relativamente às políticas detratoras dos atuais governantes de direita.
Mas não á bela sem senão e daí esqueceram-se da transmissão televisa (em direto), a qual foi implacável e que mais uma vez desmascarou os hipócritas e tornou o momento, a bem da república, muito clarinho.
Houve, como sempre, os discursos, dois, justamente dos Presidentes da República e do Município de Lisboa. Dois discursos bem diferentes:

a) O do Presidente da República (Cavaco Silva) – que foi unanimemente considerado de “distante da realidade” Propositadamente distante em minha opinião. Discurso e presença muito pouco aplaudida;
b) O do Presidente do Município de Lisboa – que foi corajoso, dinâmico, livre de preconceitos, mas bastante realista. António Costa disse, entre muitas outras coisas, que para a solução da crise internacional e europeia, teremos que estar presentes e não ausentes, ativos em vez de passivos, de cabeça erguida em vez de cabeça curvada e ar submisso. Um discurso que ficou também marcado por ter sido, bastante vezes, interrompido pelos aplausos dos presentes (convidados).

De registar ainda a ocorrencia de alguns incidentes designadamente, de duas mulheres que tentaram interromper, com protestos, a cerimónia e também o de a bandeira portuguesa ter sido inicialmente hasteada com o escudo ao contrário – Sinais dos tempos.- concluo eu.

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