sábado, 13 de outubro de 2012

FMI - úlimas previsões


Há uma certeza, quase absoluta, normalmente as previsões do Fundo Monetário Internacional costumam ser, esse é o seu histórico, as mais conservadoras entre todas as que são feitas – governos, instituições de crédito, agências financeiras, etc.
Pois bem, a título de exemplo, as últimas do Fundo dizem-nos que a “economia grega e espanhola terão a pior evolução em 2013”, e que o “défice público espanhol não baixará aos 3% antes de 2017”. No caso de Espanha e conhecendo também as receitas tradicionais do FMI, as perspetivas de austeridade serão enormes e concomitantemente o consumo e o investimento na economia baixarão nos próximos meses e anos.
Pois bem, são conhecidas as fortes dependências da nossa economia face à espanhola, por contágio iremos sofrer dos mesmos males: mais austeridade o que implicará sucessivas  reações em cadeia, i/e, menos consumo (famílias e empresas) e menos investimento (público e privado).
Muito provavelmente as nossas idiossincrasias potencializarão ainda mais os efeitos da crise exterior.
Assim sendo, porque esperam as autoridades portuguesas para renegociar junto da Troika outras condições que nos permitam respirar mais calmamente e assim enfrentar o ajustamento de maneira mais suave e tranquila.
Pelos vistos o FMI parece estar a ensinar-nos o caminho, não é inocente o raciocínio, talvez essa seja a única forma de eles garantirem o retorno do dinheiro que lhes é devido pela República Portuguesa.

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