sábado, 26 de janeiro de 2013

Crescimento económico (continuação)

Anteriormente abordámos a questão levantada por Paul Krugman de se saber se o tempo do crescimento económico não terá chegado ao fim (?). Sustenta Krugman que tudo "pode acontecer que as máquinas sejam capazes de realizar tarefas que agora exigem muito trabalho humano". “No futuro e à escala global, esta questão é de grande pertinência. Como vão organizar-se as sociedades? Como vão distribuir-se os rendimentos e como vão estes compatibilizar-se com os níveis elevados de desemprego? Como vamos dar sustentabilidade aos consumos? Como vão ser eliminadas e/ou atenuadas as assimetrias?”
As projeções a médio prazo – efetuadas por organismos oficiais credíveis – dizem que o crescimento económico será idêntico ao ocorrido nas últimas décadas. Inclusive que os níveis de crescimento da produtividade também não serão muito diferentes dos aumentos médios ocorridos desde a década de 1970.
Afirmam também que a desigualdade de rendimentos, que nas últimas décadas aumentaram significativamente, crescerão no futuro de forma moderada.
E é sobre esta perspetiva de aumento da desigualdade na distribuição de rendimentos, mesmo que de forma moderada – cenário que temos muitas dúvidas que venha a ocorrer assim – que os riscos de conflitualidade social terão também tendência a crescer significativamente.
Portanto é bem provável que as coisas não venham a ocorrer, de forma tão previsível, como a descrita anteriormente e que sejam encontradas outras saídas para uma sociedade global em que o seu principal objetivo seja que todos os homens continuem a participar e a usufruir, de forma livre, igualitária e fraternal, os benefícios do desenvolvimento dessa mesma sociedade.

(continua em post seguinte)

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