O
corte monumental do preço do petróleo – vai já em 45% - está a ter repercussões
que afectaram o mundo inteiro. A alegria dos cidadãos utilizadores é enorme, de
um momento para o outro passaram a utilizar mais gasolina. Ao invés os países
produtores passaram a ter que cortar nas despesas públicas e assim viram aumentar
a conflitualidade social e política.
A
Chevron (petrolífera) acaba de
anunciar que vai interromper os seus investimentos estratégicos na Ucrânia com
vista à exploração de gás. Este é um exemplo da mudança de estratégias por via das
alterações dos preços do petróleo. A Goldman
Sach informou recentemente que, segundo os seus cálculos, os investimentos
que estão a ser reconsiderados atingem já um bilião de dólares.
Outro
país fortemente afectado foi a Rússia – a bolsa de Moscovo sofreu um retrocesso
de 11% e o rublo baixou em 13%.
Os
efeitos da actual situação começam a ser comparados com os ocorridos na crise
do petróleo de 1974. Na altura, o preço do crude quadruplicou – passou de 3
para 14 dólares - e isso levou ao início de uma nova marcha económica e ao surgimento
de novas potencias económicas no Médio Oriente e África. A situação que se vive
(contrária em termos de preços há ocorrida em 1974) pode efectivamente levar
também a alterações estratégicas profundas.
Os
tempos próximos serão importantíssimos com vista ao estudo das tendências e dos
comportamentos dos diversos protagonistas.
O
Transparente-21 vai dedicar, dentro das suas
capacidades e competências, algum espaço ao acompanhamento desta apaixonante realidade.
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