Na
revista do “Expresso” deste último fim de semana (edição 2212 de 21/março/2015)
mais propriamente na sua coluna habitual Pluma
Caprichosa, Clara Ferreira Alves (CFA) escreve uma crónica com o título Xeque-Match, em que a propósito da entrevista
de Varoufakis ao Paris Match e da
reportagem fotográfica ali inclusa – o belo apartamento com vista privilegiada
para a Acrópole, o piano a biblioteca, etc., aborda um conjunto de pontos de
vista que, no essencial, fazem a distinção entre um discurso de direita e de esquerda.
No
essencial CFA chama a atenção para o facto de não ser condição exigível ser
pobre para ser de esquerda, bem pelo contrário, pode-se viver bem ou muito bem
e ser de esquerda, muitos são-no.
Para
a autora, da excelente crónica, o que a incomoda mais em Varoufakis “presa das redes sociais e das páginas das
revistas e jornais é a negação do ato”. “Quando alguém se deixa fotografar pela Paris Match sabe bem o que é a Paris
Math. Ou a Hola. Ou a Vogue. Etc. Se quer, quer, se não quer, não quer”. “O que
não pode é querer e depois dizer que não se identifica com a estética da
fotografia. Ou da revista”.
Não
posso deixar de concordar com CFA. Esta é na essência a questão fundamental. É aqui
que se distingue o essencial do acessório. É aqui que se projecta e representa
o sentido de estar para além da espuma dos
dias.
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