Numa parte
significativa dos últimos 30 anos pode afirmar-se que os dirigentes chineses conviveram
muito mal com a pobreza no seu país.http://pt.wikipedia.org/wiki/Rep%C3%BAblica_Popular_da_China
Em 1979 Deng-Xiaoping
declarou que o grande objetivo da China era criar uma sociedade moderadamente acomodada – daí a
inevitabilidade do crescimento económico e consequentemente da acumulação de
capital. De seguida teorizou-se a máxima um
país/dois sistemas.
O crescimento
económico a partir daí não mais parou tendo, recentemente, sofrido uma
desaceleração - ainda assim atingiu níveis de crescimento da ordem dos 8%.
Contudo verificou-se
que a desaceleração mencionada originou algumas dezenas de milhões de
desempregados.
Nesta medida as
bolsas de pobreza aumentaram e as políticas sociais de apoio não apareceram, tendo esta situação levado as autoridades chinesas, sobretudo depois dos acontecimentos
de Tiananmen de 1989, a temerem o aparecimento dos distúrbios e das revoluções sociais.
A China dos tempos
modernos é um país com fortes desigualdades sociais em detrimento de um passado
em que se considerava ser, justamente, dos mais igualitários do planeta. Os
níveis de desigualdades entre ricos e pobres são na atualidade superiores aos
dos Estados Unidos.
A falta de proteção
da maioria dos trabalhadores chineses suporta um dos pilares fundamentais do
crescimento económico (mão-de-obra barata).
O Estado deixou de
garantir pensões sociais, cuidados de saúde e educação aos seus cidadãos. Ao
invés garante aos empresários, através dos bancos estatais, grandes quantidades
de capitais a juros irrelevantes.
Esta última situação
tem criado níveis de crescimento artificiais e movimentos financeiros
especulativos sustentados em projetos inúteis – fabricas paralisadas, hotéis e
edifícios municipalizados vazios.
Como consequência as
manifestações (violentas) de massas passaram de 8.700 em 1993 para 180.000 em
2011.
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