Nas vésperas do encontro com François
Hollande a Sr.ª Merkel obtém mais um
desaire eleitoral. Desta vez foi no Estado, considerado o coração industrial, com
mais eleitores da Alemanha – Renânia do Norte / Westfalia com 18 milhões de
habitantes. A CDU, partido da chanceler, perdeu mais uma vez para o SPD e os
Verdes, os quais com esta vitória obtiveram um importante estímulo para
ganharem as próximas eleições gerais a realizarem-se daqui a um ano e meio.
Muito embora a Sr.ª Merkel continue a ser
popular à escala nacional, esta derrota torna-a de facto mais vulnerável e dá
força aos críticos das suas políticas de disciplina fiscal europeia.
Por outro lado, o aliado da CDU – Partido
Liberal – também sai muito mal na fotografia, sendo acusado desta derrota,
justamente, pela má campanha eleitoral do seu leader.
Á esquerda, o jovem movimento contestatário -
Os Piratas - ganha também posições nestas eleições e impõe-se como força política.
É com este cenário de fundo que Merkel vai
receber Hollande. Este vai ter a incumbência (histórica) de demover a chanceler
de continuar com as (fratricidas) políticas europeias de austeridade e
crescimento. O que está a acontecer na Grécia é também um exemplo/consequência
da teimosia e das más políticas impostas por Berlim – citando Chico Buarque – mirem-se no exemplo daquelas mulheres deAntenas.
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