terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Grécia à beira de um colapso

Grécia - Republica - População 10.722.816 (2008)


Em virtude da situação difícil e do caos social e político instalado o primeiro-ministro grego, o conservador Costas Caramanslis, reuniu com as “tropas” governativas a fim de encontrar soluções compatíveis. Em consequência apelou à condenação e ao isolamento imediato dos responsáveis pelos acontecimentos recentes (disparo mortal de um policia contra um adolescente de 15 anos) e à aplicação da justiça.

A trágica situação ocorrida originou a paralisação do sistema universitário e a consequente revolta do mundo estudantil. Os principais confrontos situaram-se em Salónica e Antenas (capital) e registaram o envolvimento de manifestantes de esquerda e as forças de ordem. Há quem diga que, provavelmente, a Grécia atravessa a pior crise ocorrida nos últimos 35 anos.

Ninguém tem o direito de utilizar este acontecimento trágico (a morte do adolescente), para justificar as acções de violência contra cidadãos inocentes e contra a polícia e a democracia, disse o primeiro-ministro. Se a situação não melhora rapidamente o governo pode vir a declarar o estado de excepção.


A imprensa tem criticado abertamente o governo dizendo e escrevendo que este deixou o país nas mãos do anarquismo, somos uma sociedade sem governo.

Toda a Grécia, ao fim de quatro dias agitados, acordou hoje tensa e com pouca actividade, ilustrando assim a situação após os confrontos. A previsão de mais confrontos bem como a greve geral convocada para amanhã (10-12-08), provocou que os comerciantes de Antenas estejam protegendo os seus locais de negócio. Por outro lado, várias avenidas da capital estão fechadas e outras fortemente protegidas pelas forças policiais.

Foram quatro dias de batalhas campais os quais se saldaram, ao longo do país, em 176 detidos, 40 automóveis queimados, e uma dezena de edifícios afectados por chamas. Doze polícias ficaram feridos e vinte pessoas tiveram que receber assistência hospitalar.


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